domingo, 30 de agosto de 2009

Maria Antonieta, la miga e a pororoca

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Pessoal,
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Estou viva. O evento passou e, apesar de nao sair tudo do jeito que eu queria, o saldo foi positivo. Mas quem achou que eu ia ter sossego se enganou. Estou dando uma pausa no trabalho em pleno domingo à noite, aqui na Argentina, para matar a saudade de blogar. Vou separar o post de hoje em três temas:
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Maria Antonieta: "E que lhe cortem a cabeça!". Ouvi essa expressao por eses dias. Foi sobre uma pessoa que cometeu um erro no trabalho e, apesar do erro ter sido grave, me espantou a impiedade da sentença. Na verdade a idéia nao é ficar questionando se a atitude à la Maria Antonieta está certa ou errada, mas apenas refletir sobre a nossa relaçao com o trabalho e a nossa substitucionalidade (boa palavra, hein?). Estamos todos sujeitos. Amanha podemos estar todos sem emprego. Nao é cruel? Eu gosto muito do meu trabalho, mas cada dia mais vejo que ele nao é "quem eu sou", e sim "o que faço". Também tem o outro prisma: Você está fazendo o melhor de si? Se nao está, qual o sentido de fazer entao? Estou encarando o trabalho como uma parte importante da minha vida, onde dou o melhor de mim e me empenho, mas ainda sim lembrando que a vida é mais que isso.
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La Miga: Estou na terra dos hermanos. Nada de mais, acho que Buenos Aires é até bem parecida com Sao Paulo (tirando essa falta de til que já está me dando nos nervos). Eu gosto daqui, mas eles tem algumas coisas engraçadas. Estava fazendo compras e várias pessoas saem das lojas e ficam te abordando nas ruas, o que já acho desconfortável. Pior fica quando eles começam a te chamar de "Ô Brasil, ô Brasil, acá! Cashmere y cuero!". Haha. Fora ficar ouvindo músicas do "É o Tchan" dentro das lojas. Mas o que me chamou a atençao foi a tal da Miga. Primeiro que eu parei em um café e me deram um cardápio com várias opçoes de lanche, mas só para durante a semana, e como hoje é domingo, só sobrou sanduíche de presunto e queijo mesmo, pois a lanchonete abriu mas a cozinha estava "cerrada". Tinham duas opçoes de sanduiche de presunto: uma com um pao de sanduíche que mais parecia um pao sovado e outro de Miga - nada mais nada menos do que sanduíche de miolo de pao. Era isso, o mesmo pao sovado sem a casca colocado no tostex. Eita portenhos.
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A pororoca: Gente, eu estava preocupada porque vi na TV que a pororoca está acabando. Agora eu estava procurando a matéria na internet para postar aqui e nao achei nada. Se alguem achar, me fala, pois acho uma tragédia o fim desse fenômeno. Como se já nao bastasse a palavra horrível (pra quem nao sabe o nome é uma onomatopéia do barulho da onda e, em Tupi, poroc poroc significa estrondo), talvez eu os meus filhos nem a conheçam.

Será o fim do fenômeno que cria a onda mais longa do planeta?

Por tudo isso também pensei em postar aqui a música Grilos, do Roberto e Erasmo, que tá tocando no rádio com a Marina Machado e Samuel Rosa. Achei até um vídeo no Youtube.

Prometo que volto logo, enquanto isso, pode dar pitaco.

Beijos,

Frô.

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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Vícios

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Bem, amigos da rede blogueira, passei aqui para comentar de alguns vícios da sociedade moderna:
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Fumo:
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Não é incrível como o mundo está melhor desde 7 de Agosto? É inacreditável como pudemos suportar tanta fumaça de cigarro por tanto tempo. As baladas ficaram melhores, barzinhos... estamos livres! Livres daquela fumaça podre que nos perseguia.
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Apesar da minha felicidade tenho que adimitir que existe um exagero quanto à lei. O não poder fumar nas marquises é um pouco demais. E quando está chovendo? Fuma-se no meio-fio? Também estava ouvindo no rádio que o Shopping Eldorado proibiu o fumo em toda a sua área, incluindo o estacionamento aberto. Exagero. Saindo do shopping quantos metros um fumante tem que andar para poder fumar? Também estavam comentando a contradição que é não fumar em estacionamentos cobertos e que, se é para o bem dos pulmões, deveriam proibir também o monóxido de carbono em locais fechados. Imaginem a cena: você entra em um estacionamento e imediatamente desliga o veículo, empurrando o carro até a vaga. Ai se o Kassab me escuta...
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Redes Sociais na internet:
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Essa veio de uma notícia do Bluebus: A Sony lançou uma campanha batizada 'Say No To Social' destinada a ajudar viciados em redes sociais - é, na verdade, uma ação de marketing para divulgar seus laptops. O engraçado é que eles fizeram uma simulação de uma reunião tipo AA para ajudar na recuperação. Uma das dicas do passo-a-passo era "delete um amigo por dia". Só rindo mesmo. Eu já tinha discutido aqui o quanto tempo passamos na internet e agora essa piada. Acho que se fosse verdade o grupo de auto-ajuda iria beneficiar muita gente com dependência em orkut, facebook, twitter, msn e afins.
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Companhia:
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Não digo nem sexo porque sei que, apesar dos tempos modernos e dos encontros e desencontros da vida, normalmente a nossa predileção pelo tema não é uma patologia. Falo de gente que tem pavor de ficar sozinha. Que às vezes está em um relacionamento vazio só para dizer que está com alguém. De gente que embarca em qualquer roubada por auto-piedade. Existe um novo desafio hoje, estamos todos muito exigentes e a velocidade em que as coisas acontecem é muito maior, mas se a idéia é alguém que nos traz alegrias, não vale ficar com alguém que nos faz sofrer só para não ficar sozinha. Se ame na sua companhia que outras coisas virão por acréscimo.
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Só esses 3 vícios já dariam um livro - sei que sim, quero só ver os seus comentários -, mas paro por aqui e volto logo para prosear mais (assim espero).
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Ah, contagem regressiva para o evento, faltam só 6 dias (ai, me desejem sorte).
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Beijins,
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Frô.
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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Nomeando sentimentos

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Outro post expresso... na correria sempre.
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Hoje um amigo me fez uma pergunta que eu não soube responder. Ele me perguntou como estou me sentindo. Estou às vésperas de um evento importante do trabalho (o mais importante do ano pra mim) e tenho trabalhado muito ultimamente, tanto que não tenho parado pra pensar em como me sinto.
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Pra começar eu já me sinto em segundo plano, já que a prioridade é o evento. Estou me deixando um pouco de lado por enquanto.
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Respondi meio no automático: "Não estou sentindo nada, estou apenas tentando sobreviver e chegar viva ao evento". Ele, que também tá trabalhando no projeto, me respondeu: "Eu estou muito ansioso, passei até a comer mais".
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Hum... será que eu também não estou ansiosa? Quero que chegue logo o dia e... NÃO! Não quero que o dia chegue logo. Preciso de mais tempo para preparar tudo, para deixar tudo perfeito, vou ser cobrada e avaliada por isso e preciso de mais TEMPO!!!
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Não é ansiedade, não. Mas também não é medo. É tensão mesmo, nervosismo. Talvez eu esteja sentindo algo que nem exista: um espigalhaço, um potencionismo, uma viseonisse, uma turbiência ou até mesmo uma auto-receosidade.
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Ainda bem que passa... "Wake me up when September ends" (Agosto, na verdade).
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Volto depois para dar sinal de vida.
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Inté,
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Frô.
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domingo, 9 de agosto de 2009

Mudança de hábito

Oi pessoal,
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Domingo e eu aqui em casa, na frente do laptop e da televisão ao mesmo tempo.
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Estou ficando mais caseira, curtindo mais passar o final de semana na minha compania. Afinal, se o final de semana é pra descansar, não é preciso tomá-lo de compromissos e deixá-lo exaustivo, não é mesmo?
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Tenho percebido algumas mudanças na minha rotina. Primeiro que eu não tenho mais a mínima vontade de sair de sexta-feira. Uma porque eu saio cansada do escritório depois de uma semana de trabalho e adoro fazer um pequeno happy-hour depois das 6. Antes eu iria direto pra casa, dormiria, e acordaria por volta das 10h30 para me arrumar e ainda sair pra balada. Outra porque, salvo raras exceções, as baladas de sexta-feira são cheias de adolescentes e pós-adolescentes cheios de hormônios, festas cheias de patricinhas e mauricinhos se exibindo, filas, trânsito... eu simplesmente não tenho mais paciência para isso (lembrei do post boêmios X baladeiros da Rê).
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Mas não é só isso. Tenho andado mais tranquila, mais caseira de um modo geral. Ontem fui no shopping e depois de pouco mais de uma hora já estava com vontade de voltar pra casa.
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De qualquer forma acho que é uma fase. Tenho trabalhado muito e de final de semana fico feliz em ficar na minha casa de pernas pra cima, sem grandes planos, descansando mesmo.
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Vocês que passam por aqui acabam acompanhando também as minhas fases.
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Um beijo e até a próxima,
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Frô.
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