sábado, 30 de maio de 2009

A história de uma "Frô"zinha

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Pode parecer uma cópia descarada do post do 3x30 mas não é. Esta é uma história totalmente diferente.

A história do meu apelido Frô data da minha primeira paixonite, com 15 anos. Eu me apaixonei por um garoto de um curso que eu fazia, e ele era de escorpião. A gente ficou uma vez, o curso acabou e não o vi mais. Coloquei na cabeça que já que eu não podia mais ficar com ele, eu ia tê-lo em minha pele para sempre (melodramática como toda adolescente). Um dia decidi procurá-lo, achei a casa dele e fui visitá-lo, e no meio da conversa ele falou que ia fazer uma tattoo. Eu disse: "Eu também vou. Vou tatuar um escorpião". "Mas você é de libra", ele disse. E eu: "Eu sei, mas você é de escorpião".

Enfim, não o vi mais e estava com a idéia da tattoo na cabeça, e certa vez na fila de um show recebi um panfleto de um estúdio chamado "Scorpions Tattoo", com o desenho de uma mulher escorpião. Fui na loja e, com os meus maduros 16 anos, não me deixaram fazer a tattoo. Estava certa de que quando eu tivesse 18 ia fazer minha tattoo naquele estúdio - tinha que ser naquele estúdio. Enquanto esperava para fazer a tattoo, comecei a colecionar tudo o que era de escorpião: roupas, bijuterias, desenhos... vivi uma fase mulher-escorpião (deviam achar que eu era louca, haha).

Essa história coincidiu com a época que comecei a entrar na internet e precisava de um apelido para a sala de bate-papo. Estava tocando Milton Guedes e eu ouvi o trecho "Afrodite, deusa do amor...". Eu era então a Afrodite no bate papo. Conheci algumas pessoas que jogavam RPG e me convidaram para jogar. Eu tinha que inventar uma personagem. Criei então a "Afrodite Poison Scorpion" (esdrúxulo, não?). Ela era uma mulher escorpião com dupla personalidade, como a mulher gato do filme. Insegura e confusa como mulher e decidida e impiedosa como mutante. E é aí que as histórias se encontram.

Resumindo, fiz a tatto no meu aniversário de 18 anos naquele estúdio, e meus amigos de internet passaram a me chamar de Frô. Uso esse apelido desde então, mas só na internet. Até o nome do meu ex blog, o "Frozine" também vinha dessa história, era um fanzine para falar o que acontecia na vida da Frô.

Minha tattoo, renovada recentemente.

Agora você conhece a história de uma "Frô"zinha, - e, como disse o gambá para o Bambi - "Você pode me chamar de Frô se você quiser chamar".

Até a próxima história.

Frô!

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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Frequentemente

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Voltando ao besteirol do blog - afinal, equilíbrio e evolução demais não faz bem a ninguém - me inspirei hoje e resolvi fazer uma paródia da música Diariamente (Marisa Monte), inspirada na São Paulo, São Paulo (Premeditando Breque) e Outro lugar do mundo (Fernanda Porto):

Frequentemente (Sampa version)

Pra parar o carro: sobe o vidro
Para tomar caipirinha: Veloso
Para refrescar: garoa
Para a chapinha: guarda-chuva

Para comer no farol: amendoim
Pra pôr na catraca: bilhete
Para chegar rápido: metrô
Para bugingangas: 25

Para o Yakisoba: a Paulista
Para ler: o Centro Cultural
Para universitários: USP
Para o happy hour: Vila Madá

Para cobrir a obra: tapume
Para o motoqueiro: buzina
Para a Cantareira: mirante
Para o noitão da sexta: Belas Artes

Para todas as horas: celular
Pra parado no trânsito: paciência
Pra caldinho de feijão: Filial
Para dar beijo na boca: dois

Pra shake de ovomaltine: Bobs
Para saber da história: Dops
Para o cruzamento: caos
Para entrar no Elefante: duzentos e vinte reais

Para aguentar o tranco: café
Para um cooper: Ibira
Para meditar: a fonte
Pra fugir da loucura: litoral

Para o terno novo: ZéPa
Para a biju: Center 3
Para comer pastel: mercadão
Para os melhores shows: temporada

Pra atualizar o MP3: sábado
Para a patricinha: Daslu
Para tomar conta: flanelinha
Para eletrônicos: Pajé

Para a passeata: barulho
Pra vender cerveja: isopor
Para chegar no trampo: condução
Para passear no shopping: namorado

Para o telefone que toca
Para ir no Ó, Grazie ou Moóca
Para Mundo Mix, Virada, Oca
Pra fazer o que Paulista gosta: Frequentemente.


* Em tempo (pra variar um pouco o P.S.): post replicado no Poesia Exdrúxula
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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Melhorando

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Primeiro post de uma série.

Andei pensando que somos todos seres em evolução, e que tudo o que nos acontece tem um propósito. Um destes propósitos é nos lapidar, nos tornar seres melhores (profundo isso).

Pensei em algumas coisas que quero melhorar. Atitudes minhas, coisas que já identifiquei e que só não melhoro porque realmente tá muito confortável aqui dentro da minha caixinha (o nome já diz - zona de conforto!).

Vou compartilhar algumas dessas coisas com vocês (não estão relacionadas por ordem de importância, ou por ordem de nada):

- Peso (humpf... mulheres)
- Falta de pontualidade. Esse me acompanha há anos, acho que se eu mudar muita gente vai estranhar. Mas o fato é que esse comportamento afeta outras pessoas e é até falta de respeito. Então tá na lista.
- Entrar em contato com meus amigos com mais frequência (que bom que caiu o trema). Melhorei nesse ponto, mas preciso dar mais atenção.
- Retomar contatos antigos. Diretamente relacionada com a anterior. Tenho excelentes amigos que não falo mais por falta de... vergonha na cara mesmo.
- Pré-ocupação. Stress é pra quem pode, então também tem que estar fora. Tenho trazido problemas do trabalho para a minha vida pessoal e já notei que está me atrapalhando. Tem feito mal até pra minha saúde, então, mudarei.
- Fazer as pazes com o cartão de crédito. Esse é mais difícil, venho lutado com ele há anos. Um dia vou chegar no nível de não precisar mais dele. Evolução pura.
- Fechar a boca. Tanto pra comer quanto pra contar detalhes da minha vida para os outros. Sou muito boca-aberta.
- Ler mais. Agora isso aqui tá parecendo resolução de ano novo. Ok, tá na lista.
- Fazer exercícios. Pronto. Descambou geral, sabia que isso aqui ia virar apelação. Esse já vai ser o Nirvana.. haha. Bom, listado já está.

Mas falando sério, nas minhas resoluções de ano novo (que eu não lembro onde anotei - mais uma coisa pra lista: ser mais organizada) estou feliz por muitas coisas:

- Minhas conquistas materiais - realizadas já em fevereiro (junto com minhas dívidas novas).
- Voltar com o blog! E mantê-lo atualizado.
- Me abrir mais e me permitir conhecer pessoas novas.
- Levar minha espiritualidade mais a sério.

Como a vida é uma constante evolução, sei que eu tenho um longo caminho pela frente.

E você? Também se reconhece neste texto?

Beijos e inté +,

Frô.
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sábado, 23 de maio de 2009

P.S.

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Segundo o Wikipédia, "o Post-Scriptum ou P.S. (do Latim, significa literalmente "escrito depois"), originariamente indicava algo que julgasse necessário acrescentar a uma carta após o seu encerramento. Com o tempo, foi-se percebendo que esta fórmula, além de servir para corrigir os lapsos de memória ou simplesmente informar que haviam ocorrido alterações depois que havia-se dado a carta por concluída, pode também ser utilizado como uma estratégia retórica: depois de percorrer todo o corpo do texto, o leitor se depara com uma idéia posta em destaque, colocada ali com suposta despreocupação, que equivaleria na fala ao "Ah! Antes que eu me esqueça ...", que sempre anuncia o que de mais importante tem-se a dizer."

Curioso usar esse termo em latim ainda hoje em dia. Mas é uma ferramenta interessante. Este recurso no final da mensagem pode ajudar a falar de algo delicado, fazer uma cobrança, um lembrete, tocar em um assunto totalmente diferente ou simplesmente dar um T.O.C. toque de humor e alegrar alguém.

Exemplos:

- Pedindo favor - P.S.: Esqueci de pagar a conta de luz, você pode pagar por favor?
- Cobrando - P.S.: Vou precisar daquele dinheiro que te emprestei.
- Advertindo - P.S.: Se você não chegar até às 23h00, não precisa nem vir.
- Lembrando - P.S.: É aniversário da tia Ana, não se esqueça de ligar pra ela.

- Informando - P.S.: A entrada é um kg de alimento não perecível.
- Tirando um sarro - P.S.: Nossa, esse seu chefe parece o Bozo! haha.
- Auto-crítica - P.S.: Mais esdrúxulo que isso impossível, rs.
- Resumindo várias mensagens - P.S.: Você me surpreendeu, não esqueço o CD e também estou com saudades!

A fama do P.S. até lhe rendeu um filme: o "P.S.: Eu te Amo", marcando todo o romantismo que esta ferramenta pode empregar.

Tá vendo? O P.S. é tão importante que virou até post-scriptum aqui no morando.

Até a próxima.

Frô.

P.S.: Este post foi escrito enquanto eu aguardava para ser atendida em um órgão público em Brasília e não tinha mais nada pra fazer. Ainda bem que eu já tinha advertido os meu leitores de que os assuntos sérios aqui são raridade, haha.
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sábado, 16 de maio de 2009

Passeata dos solteiros - parem o mundo que eu quero descer!!!

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Como já dizia Renato Russo: "O mau do século é a solidão".

Como pode? Tanta gente, e tanta gente solteira.

Eu também tô no meio, também sou solteira. E muita gente me pergunta: Porque você está solteira? - Que tipo de pergunta é essa?
Não estou solteira por opção não - explicando, poderia estar namorando, mas não quero namorar qualquer um, então não é bem uma opção -, nem estou fazendo uma experiência sociológica "ficando solteira à qualquer custo".

Eu acho que nos preocupamos demais. Às vezes não é que não encontramos alguém legal, é que criamos alguns fantasmas na nossa cabeça que nem exorcista dá jeito. O pretendente tem que seguir os nossos requisitos: faixa etária, estilo de vida, escolaridade, altura, peso, cabelo e afins. Não pode ter defeitos visíveis. E depois de passar por essa pré-seleção afinada, vem as suposições dos fantasmas da nossa cabeça:

"- Ai, ele falou que não gosta de gente ciumenta, quer dizer que ele trai"
"- Ai, ele ficou olhando no relógio, me achou chata."
"- Ai, ele me beijou e depois riu, ele não gostou do meu beijo."
"- Ai, ele cumprimentou aquela garota, acho que ele tá dando em cima dela."
"- Ai, ele bebeu mais de 3 cervejas, ele é um alcólatra."

Assim ninguém merece! Fora a papaguaiada sem fim do ligo-ou-não-ligo.

Desse jeito é difícil mesmo arranjar um namorado.

Eu estou vivendo alguns princípios básicos:
- Viver um dia de cada vez.
- Me permitir conhecer pessoas novas.
- Ver no que dá, sem grandes neuras.

Posso dizer que hoje estou feliz com o que a vida tem me proporcionado, e também confiante de que ainda tem muita coisa pela frente.

Agora, voltando ao título do post, amanhã tem a tal da passeata dos solteiros. O engraçado é que participam da passeata homens e mulheres. Acho que até o final da passeata vai rolar uns casais de "ex-solteiros", risos.

Pra mim isso já é o cúmulo, o desespero, uma exposição descabida. Essas pessoas poderiam gastar mais tempo e energia procurando apenas viver o momento.

Essa é minha opinião. Qual é a sua?

Um abraço,

Frô.
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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Akinator

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Impressionante.

Ele acerta todas. Tentei o Zé Gotinha, Gina do palito de dentes, o Louro José... e ele acertou!

Ele é Akinator, o gênio da internet. Você pensa em uma personalidade e ele vai te fazendo perguntas. De acordo com as suas respostas, ele sabe quem foi a pessoa que você pensou.

E olha que ele está ficando famoso, já é um dos sites mais acessados.

Duvida? Faça o teste: http://pt.akinator.com/





Divirtam-se e me contem o resultado de quem você pensou. .

domingo, 3 de maio de 2009

A Virada!

Eu encarei.

São Paulo é uma cidade com muitas faces. Eu conheço várias delas. A calma da biblioteca do Centro Cultural, a natureza da Serra da Cantareira, a reflexão da fonte do Ibirapuera, as descobertas da feirinha do Center 3, a cultura dos Sescs, o efervecer da Vila Madalena, o refúgio do Jardim Botânico, a culinária, a música, a arte, a boemia, os encontros, os contrastes... eu adoro São Paulo e vivo diariamente esse pluralismo, sabendo aproveitar cada momento.

Mas ontem foi diferente. A Virada Cultural é quase que um resumo de São Paulo em apenas 24 horas. Apesar de este ano os artistas mais conhecidos não estarem presentes, acho que foi a virada que eu mais aproveitei.

Comecei com uma peça de teatro no Sesc Paulista. Entre as várias coisas que aconteceram por lá, só consegui comprar o ingresso para o "The Cachorro Manco Show". A noite começou bem, uma peça simples, engraçada, perturbadora e com um texto ótimo. Depois fui com a Renata dar uma volta no centro da cidade, onde estavam a maior parte das atividades. A aventura começou pelo metrô (gente de todo o tipo) e continhou pelas ruas do centro (gente de todo o tipo mesmo!).

Eu adorei a caminhada. A cidade cheia, animada, colorida e musicada. Policiais por toda a parte deixaram o passeio mais seguro: quem dera fosse assim todas as noites. Era tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que mal dava pra escolher um lugar só. Deixo um destaque aqui para o palco da Rio Branco, com samba-rock, e o prédio da prefeitura com uma performance de uma bicicleta fazendo rapel (pelo menos era o que parecia, não pude ficar mais tempo pra entender).

De lá fui para o Sesc Consolação para um show de música latina com uma banda cubana. O show tava meio morno, mas os dançarinos eram excelentes. Fechei a noite com chave de ouro, da forma que eu mais gosto: o bom e velho caldinho de feijão do Filial, na Vila Madalena.

E a minha primeira virada de verdade foi assim. Bem aproveitada. Já estou ansiosa para o próximo ano.

Deixo aqui ainda um mini-diálogo que rolou durante a virada ao estilo skankarado pra descontrair:

"Rê: - Olha essas meninas. - apontando para um grupo de garotas no metrô carregando grandes bonecos de pano- Acho que hoje tudo o que for diferente vai ser encarado como arte. Será que se eu andar sem calças vai ser considerado arte?
Eu: - Acho que hoje vai. A gente podia andar com uma melancia no pescoço e chamar de arte. Ou melhor, e se começarmos a andar de costas agora? Vai ser arte? - e as duas passam a andar de costas no meio do metrô.
Rê: - Olha eu de costas! Estou me expressando!
Eu: - Esse meu andar de costas quer dizer que eu vejo o mundo por outro ângulo.
Rê: - Quer dizer que você vê o mundo de costas.
Eu: - Ou não vejo, já que não tenho olho nas costas. Quer dizer, tenho. Já sei - em um tom de que tinha feito uma grande descoberta - : Esse meu andar de costas quer dizer que eu vejo o mundo através do olho do meu c..."


Plena arte! E o pior é que as duas estavam totalmente sóbrias. Eu tinha comido só um milho de rua, que acho que acabou se transformando em etanol dentro da minha barriga e fez efeito no meu cérebro.. haha. Mas pelo menos me diverti, acho que é bom às vezes encontrar minhas amigas e falar bobagem.

Um abraço,
Frô.
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