quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Relacionamentos

Eu não sou de postar aqui textos copiados da internet, mas nesse o Arnaldo Jabor matou a pau.

Beijos,

Frô.

RELACIONAMENTOS (Arnaldo Jabor)

Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah,terminei o namoro...
- 'Nossa,quanto tempo?'
... - 'Cinco anos... Mas não deu certo...acabou'
- É não deu...?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico; que é uma delícia.

E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate... se joga... se não bate...mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família? O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria compania?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte.
Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?

FATO !

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A dois passos do paraíso

Mapa do paraíso

Não vejo a hora do Ano Novo Chinês chegar. Não por causa de nenhuma tradição ou porque eu acredito que o ano do dragão vai ser algo especial, mas por causa da minha viagem durante o feriado.

Estou contando os dias para ir para Palau - um mini país perto das Filipinas.

Vou eu e o meu suíço, o Lindt. Vamos passar 2 semanas nesse país que é considerado um dos mais belos do mundo, principalmente para a prática do mergulho. Um lugar com águas claras, belas paisagens, águas vivas que não queimam e tubarões que não mordem.

Depois da viagem o Lindt vem para Xangai e vamos passar 2 meses juntos por aqui. Uma espécie de test drive para ver se a gente aposta mesmo na relação e investe em morar na mesma cidade.

Por enquanto fico aqui sonhado, voando alto, bem perto do céu.

Beijins,

Frô.

Mais de Palau:

Apresentando: Palau

Atol Kayangel

Praia, sol e calor.

Amigas águas-vivas

Amigo tu-tubarão

Corais belíssimos

domingo, 27 de novembro de 2011

Virando Estrelinha

Estou toda dolorida. Sim, porque a pessoa que paga academia e nunca vai decidiu de repente fazer aula de capoeira.

E lá estou eu no meio desse monte de gente com corpos esculpidos e mulheres com tops minúsculos exibindo a barriga tanquinho. Vamo que vamo.

Aprendi alguns chutes e a "ginga", e estou gostando bastante. O professor é um fofo, meio Vietnamita e meio Brasileiro, falando um português com sotaque. Lindo e sorridente, é um verdadeiro incentivo.

Pois ontem ele estava me ensinando a 'virar estrelinha'. Eu fui uma criança criada em apartamento, daquelas que brincavam de barbie ou de jogar bolinha no carpete. Eu aprendi a andar de bicicleta ou jogar taco bem tarde. Eu não aprendi a 'dar estrelinha'. E pra ser sincera não achei que a essa altura do campeonato ia aprender.

Mas foi divertido. Tirando o medo inicial de rachar o cucuruco, até que saiu umas estrelinhas meio tortas. Estava contando e ao todo foram mais de 70 tentativas de estrelinhas. 1 hora virando pra cá e pra lá.

Resultado: muito suor, uma pizza no final da noite (pra compensar), muita dor muscular e uma feliz criança de 31 anos sorrindo dentro de mim.

Frô.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Quem quer casar?

Tá difícil?

Tenho conversado com várias pessoas, principalmente mulheres, que dizem que tá difícil achar um homem "pra casar". Será que está mesmo?

Apesar do IBGE afirmar uma taxa maior de casamento nos últimos anos, o estudo também mostra que isso se deve a um número maior de recasamentos (veja mais neste artigo). Estamos também nos casando cada vez mais tarde.

É impressionante o número de casos que tenho ouvido de casais de namorados de mais de 3 anos juntos que se separam quando estão às vias de se casar. Ou pelo menos quando a mulher está pronta para se casar.

O que está acontecendo? Estamos ficando cada vez mais avessos a casamentos?

Eu acho que as mulheres estão mais independentes e por isso querem aproveitar a solterice por mais tempo. Daí passam a mensagem errada para o "mercado", que elas não querem se amarrar, que não dependem de ninguém, querem estudar, viajar e adiam a 'necessidade' do casamento.

O problema é que quando começamos a ouvir o nosso relógio biológico, o nosso desejo de criar uma família e se assentar - de casar e ter filhos mesmo - fica difícil convencer o "mercado" que agora a história é outra e que não somos tão independentes assim.

Eu mesma penso nisso. Penso nos moços "pra casar" que eu já conheci e fico me perguntando se eu vou me casar um dia - ou se eu quero me casar um dia. Especialmente porque eu não moro no Brasil, e porque eu gosto dessa vida meio de nômade, de viajar, de não criar raíz. Penso que se eu casar eu vou inevitavelmente ter que parar em um lugar só, ou pelo menos vamos ter que planejar "como um casal" uma mudança de país.

Que mensagem será que eu estou enviando para "o mercado"? Fico me perguntando se há mesmo um motivo para me preocupar.

Só sei de uma coisa: por enquanto estou muito bem e curto cada paixão. E é só isso que eu sei. Penso em ter família, filhos, mas penso principalmente em estar bem e ser feliz - acho que o estado civil não deve ser o mais importante.

E você? O que acha? O que pensa sobre o casamento e qual a mensagem que você está enviando para o "mercado"?

Fico aqui com os meus ponderamentos.

Até breve,

Frô.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Amor inter-cultural

Amor de gringo por brasileira não é só coisa de novela não, ora pois!

Esse final de semana fui pra uma quase "Oktoberfest" aqui em Sampa, no bairro do Brooklin. O evento era a "XVII BrooklinFest". Fui porque eu vi na tv que tinha comida típica alemã e minha mãe ficou com vontade de comer joelho de porco. Lá fui eu.

Foi uma tarde bem agradável. O joelho de porco estava delicioso, e ainda comi salsichão e panqueca de batata de lambuja.

Conversamos com um casal bem simpático, uma brasileira e um alemão, os dois curtindo as delícias culinárias do evento. Ele bem à vontade naquele pedaço da Alemanha dentro de Sampa - aliás, acho que qualquer gringo se sente em casa por aqui.

Lembrei de um texto que uma amiga me mandou sobre romance de brasileiras com estrangeiros e como concordamos que homens americanos e europeus trazem alguns benefícios: são mais confiáveis e românticos (a minha amiga namora um Francês que mora aqui em Sampa também). A gente acaba partindo para alternativa intercontinental depois de tanto tomar na cabeça (literalmente) com relacionamentos com brasileiros.

Outro dia vi naquele programa da Astrid uma mulher que mora na Suíça há uns 15 anos, casada com um suíço. Ela tava visitando a filha e a neta recém nascida no Brasil. Mais uma que escolheu gringo e tá feliz. Aliás, o programa é um prato cheio pra quem curte essas histórias.

Fora essa portuguesada toda que aparece nas novelas (gente, o que é aquele Guaracy?)

Não é preconceito nem generalização, mesmo porque eu acredito sim que tem brasileiro bacana, romântico e fiel por aí - mas vamos combinar que tá difícil achar.

Deixo uma dica pra quem nunca experimentou o amor em outras línguas: vale visitar essas feiras de cultura de algum outro país aqui em Sampa. Lá na quase Oktoberfest tava cheio de alemães bonitos, altos, loiros e solteiros. Se bem que nos barzinhos sempre encontro um gringo - e eles adoram brasileiras.

E você? Tem uma história de amor gringo pra contar? Deixe seu comentário, pleeease.

Frô.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Por enquanto

Indonésia - vou lá viver o meu próprio capítulo "Amar"

Sumo, e volto, e sumo de novo.

Eu sempre penso se devo ou não continuar o blog. Eu tenho outras idéias, outros planos, mas confesso que escrever aqui me faz um bem danado. Hoje me peguei lendo textos antigos. É bom ter essa visão retrospectiva, ver o que eu estava sentindo na hora - já tinha esquecido desses sentimentos.

Decidi continuar, pelo menos por enquanto. Não só para agradar os meus (6) leitores - gente, fiquei surpresa, ontem foram 55 visitas ao site e, ao todo, esse site já recebeu mais de 15 mil visitas. Valeu meus (6) leitores por passarem aqui com tanta frequência -, mas para agradar a mim mesma, para dar vazão às doidices que passam na minha cabeça.

Estou com vontade de ver o novo. Não dá pra explicar muito aqui, mas mais mudanças virão. Mas não tão já.

Por hora estou vivendo o meu romance, já que eu e o Lindt vamos para a Indonésia de férias no começo de Janeiro e depois ele vai passar 3 meses comigo lá em Xangai. E lá vamos nós!!! Mais um amor - que venha!

No momento estou aqui em Sampa e ele lá na Suíça. Estou aproveitando que meu trabalho me dá a oportunidade de passar um tempo aqui em Sampa para curtir minha família e ver meus amigos. Aproveito para me reativar contatos de trabalho - como tá alta a rotatividade por aí, principalmente na área de marketing e eventos. Fica até difícil acompanhar e saber qual é a do vai-e-vem desses profissionais. Enfim, estamos na ativa.

Bom, essa foi só uma atualização rápida, volto em breve,

Frô.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Quem é você?

Estive hoje em um evento onde o palestrante, um consultor de RH, disse que os candidatos em uma entrevista - inclusive os que buscam cargos de alta diretoria - se intimidam com a pergunta "Quem é você?". Que é normal ouvir respostas como "Eu estudei X" ou "tenho experiência na área X". As pessoas no geral mostram dificuldade de mostrar o seu lado humano.

E vejo muito essa competitividade por aí, esse negócio de se apresentar primeiro com o cargo, com o título.

Eu na minha cabeça fico aqui pensando como responderia a essa pergunta em uma entrevista. É difícil porque você está sendo avaliada e por isso quer mostrar só qualidades, só os seus sucessos profissionais, mas os profissionais de RH estão buscando cada vez mais conhecer o lado humano dos candidatos - seus valores, seus ideais.

Acho que a resposta sairia meio espontânea, de acordo com o momento, mesmo porque estamos sempre em processo de mudanças, mas algumas coisas com certeza iam constar na minha resposta:

- O que eu sou hoje é influência da minha família e eu busquei sempre extrair o melhor das experiências que vivi.

- Fiz escolhas ousadas na minha história de vida, e eu não me arrependo de nenhuma delas.

- Eu não tenho medo de começar de novo, de aprender.

- Eu tenho um sonho, de que um dia a distância não será um empecilho, que será muito fácil visitar os meus amigos no Brasil, na China, na Europa, nos Estados Unidos e onde mais essa vida me levar. Que essa história de "visto" vai ser ultrapassada e passagens aéreas serão muito baratas.

E você? Como responderia a esta pergunta? Quem é você?

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Construí o meu castelo

Esse é o meu castelo, recém adquirido essa semana.

Eu sempre gostei de castelos e quando eu viajo pras Oropa eu sempre procuro ir visitar algum. Depois da minha viagem para a Austria e de visitar a Fortaleza de Hohensalzburg em Salzburgo é que eu decidi ter o meu próprio castelo.

Faz um tempão que eu estou pensando na minha segunda tatuagem (a primeira é esta aqui) e lá, dentro daquele castelo, me deu um clique. Decidi tatuar um castelo com esse estilão de conto de fadas, de castelo de princesa mesmo, e usar um brasão para dar um toque especial. Queria alguns adornos medievais, algo mais forte, mas sem deixar a tatuagem masculina.

O meu tatuador, o Anselmo, entendeu bem o que eu queria e fez essa obra de arte pra mim.

Só achei que ficou um pouquinho grande, mas eu queria que aparecesse todos os detalhes. Enfim, estou feliz com o resultado.

E você, gostou?

Beijos,

Frô.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Taxista

Isso aqui tá parecendo episódio da 'Grande Família'

Fazia tempo que não conversava com taxista. Quer dizer, que não conversava em português, porque na China eu só consigo falar coisas básicas em mandarim.

Sabe essa figura do taxista que gosta de conversar? Então, foi esse que acabei encontrando hoje. O cara é de Maceió e começou reclamando do frio de São Paulo (15 graus hoje de manhã). Olha as pérolas que sairam:

"Ninguém merece passar esse frio daqui de São Paulo não. Esse frio que não acaba nunca. Passa ano que eu to aqui e eu não me acostumo."

"A senhora tem 30 anos? Mas eu achava que você tinha 19!"

"Mas o que a senhora foi fazer lá do outro lado do mundo, na China? Casou com chinês?" (vou falar que é normal eu ouvir essa pergunta. Quer dizer que eu só posso ir pra China se casar com chinês? Acho até meio machismo, tenho certeza que se fosse homem a primeira pergunta seria se fui pra lá pra trabalhar)

"Essas mulheres de hoje em dia só querem saber de liberdade. A senhora não pensa em casar, não?"

"Mas a China tá cheia de brasileiros e o Brasil tá cheio de chinês. Mas hoje em dia ninguém mais sabe de onde a pessoa é, não. Porque quando uma brasileira casa com japonês nasce uns filho tudo com os olhos rasgados. Daí vira uma bagunça lá no Japão igual é no Brasil. Você sabe que eu já nem sei da onde vem meu sangue. Meu pai vem de família de índio. Minha mãe não sei não, acho que é também desses índios velhos do Maceió."

"Outro dia eu peguei um chinês que veio falando enrolado comigo. E eu falei pra ele falar direito ou ele ia ter que descer do meu carro. E o cara veio com um papo de que eu tenho que me preparar para a Copa. E eu lá quero saber de preparação? Esse povo vem pro meu país tem é que falar direito".

E por aí vai. Foi, ao menos, um entretenimento agradável.

Eu vou de táxi e volto logo,

Frô.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Pisantes

Sonhando com Manolo

E eu que estava toda orgulhosa que consegui fazer a mala para quase dois meses de viagem apenas com 3 pares de sapatos?

Eu "estava" orgulhosa, porque hoje eu passei na Prego e acabei comprando mais um par de sapatos. Mas eu sou inocente, eu só comprei porque estava em oferta.

Na verdade quando eu fiz as malas eu já queria comprar dois três pares de sapatos aqui em Sampa: um vermelho de salto alto, um sapatenis e uma botinha confortável. O que eu preciso confessar é que o sapato que comprei hoje é uma sapatilha cor de vinho, portanto não conta, e ainda tenho que comprar os outros que estão na lista.

Ah, queria aproveitar e lembrar que o meu aniversário é no dia 02 de outubro e eu calço 38. Sutil essa mensagem, hein?

Quando alguém entender essa fascinação das mulheres por sapatos, me explica.

Fui (de sapatos novos),

Frô.

domingo, 4 de setembro de 2011

Expressando a vida

Não, a Áustria não é a terra dos cangurus!

Não preciso dizer que o final de semana foi maravilhoso, né? São Pedro ajudou e o tempo estava lindo (Valeu Pedrão!). Vou vivendo assim, um dia de cada vez, espremendo o sumo da vida.

Viajar é sempre bom. Abrimos a nossa mente, conhecemos coisas diferentes, outros pontos de vistas, outros gostos. Essa semana foi mais intensa ainda pq tive que dividir meu tempo entre trabalhar, consumir obras de arte e tecnologia e amar!

Esse negócio de arte é sempre uma coisa meio louca. Tem coisas que te deixam de boca aberta e com o pensamento de "nossa, como é que esse cara pensou nisso". Isso vale para as obras mais interessantes e para as mais sem pé-nem-cabeça.

E aqui no Ars Electronica tem de tudo. Gente usando uma cama de hotel para contar histórias dos hóspedes, jogos de computador controlados pelo toque entre duas pessoas, esculturas em movimento para expressar o desejo das pessoas com dificuldades de locomoção. Tudo muito lindo e válido.

Mas francamente, o cara que faz música com leite de vaca, ou o outro que quer mandar pedra-dos-rins pro espaço para gerar novas formas de vida, a outra doida que injetou sangue de cavalo no próprio corpo para se sentir mais 'animal', e tantas outras doideras que vi por aqui... vâmo combiná que arte realmente tem um sentido muito amplo. Acho que eu vou montar uma instalação para mostras como eu vejo o mundo quando eu ando de costas. Vai ser o maior sucesso.

E tem muito artista metido a besta. Eu tava conversando com um que tem um projeto bem legal para mapear os gargalos e a censura da internet. Ele cheio dos idealismos, de 'vamos fazer arte para mudar o mundo' e blablabla. Ele me perguntou o que eu fazia e eu expliquei que aplico novas tecnologias em eventos e exposições. Daí ele soltou uma "ah, tipo pra empresas e tal. Então você não é artista. Você tá aqui fazendo o que? Passeando?".

Cara, admiro quem dedica a vida a arte e tem essa vontade de mudar o mundo com cultura e tals, mas é bom não empinar muito o nariz senão vai acabar tropeçando em uma agulha!

Enfim, valeu a experiência. Adorei conhecer a Austria que, como diz a minha mãe, "é um lugar tão bonito que até parece a Europa", rs.

Beijos,

Frô.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Atualizando


Linz e o prédio do Ars Electronica, onde estou trabalhando esta semana

Então, volto pra fazer mais um relato estilo "querido diário". É que, francamente, minha vida real tem estado mais interessante do que as histórias que passam pela minha cabeça.

O que eu achei curioso é que recentemente recebi duas "buembas" por sms. É gozado como algumas palavras no meu celular fizeram a diferença na minha vida.

A primeira delas foi a minha promoção. Sim, eu fui promovida via sms. Moderno, não? Mais moderno que isso só sendo promovida via twitter. Meu chefe já tinha conversado comigo, mas do jeito que ele sempre fala, que ele tinha essa visão de eu ser diretora, de um dia... então não tinha sido uma promoção.
Um belo dia eu estava em uma reunião com um cliente e recebi um sms dele dizendo "Vou enviar um email agora para a equipe avisando do seu novo cargo - Diretora de Contas."
Achei engraçado, mas é claro, fiquei bem feliz.

A segunda foi do meu novo amor (como eu disse, eu nunca soube diferenciar o que é amor e o que é quase-amor, e eu nem me importo com o rótulo, eu quero é ser feliz), do meu chocolate suíço - e já tá na hora de dar um nome pra ele, já que ele voltará a aparecer sempre aqui na minha cabeça, então vou chamá-lo de Lindt. O Lindt me mandou uma mensagem dizendo "Não consigo mais viver longe de você, penso em você o tempo inteiro. Tomei uma decisão e essa semana vou pedir demissão. Não sei o que vou fazer depois, mas eu sei que te seguiria onde você for. Será que isso é amor?"

:-DDDDDDDDD

Sim, duas mensagens que me deixaram prá lá de feliz. Dois recados do universo para me tranquilizar, me dizer que estou no caminho certo, me falar que tudo vai entrar nos eixos e que é pra eu só me preocupar em ser feliz!

E eu estava lá em Xangai pensando sobre essas grandes viradas da vida quando meu chefe me mandou arrumar a mala e vir pra Austria por uma semana pra um festival. Então estou aqui, no tal do Ars Electronica, vendo tudo o que tem de mais moderno em arte, ciência e tecnologia, em uma cidade que parece de conto de fadas, e esperando o meu amor vir me visitar e passar o final de semana comigo (ele chega em 5 horas - estou que não me aguento).

Tá bom ou quer mais? Eu quero é mais!!!

Volto pra contar o que me espera pela frente.

Até a próxima,

Frô


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Onde estão as minhas paixões?


Um amigo me perguntou esses dias o que me move, quais são as minhas paixões. E eu não consegui responder.

Isso me preocupou um pouco, será que eu não tenho paixões?

Pensei no meu trabalho. Eu gosto do que eu faço - eu trabalho com instalações interativas e coisas legais de tecnologia para eventos, museus e qualquer outro canto que precise de coisas inovadoras. Soa bem, mas o fato é que eu não sou apaixonada pelo que eu faço. É só um trabalho, e o trato como tal. De qualquer forma eu não tenho vontade de trabalhar com outra coisa.

Quanto ao resto, eu gosto de viajar, de tomar café da manhã, de caminhar sem destino, de fazer compras, de passar um dia na praia ou piscina, de dançar salsa, de beijar na boca. São coisas que me fazem bem, mas será que são paixões? São coisas tão simples. Eu não tenho uma grande inspiração, o desejo de aprender algo, um ideal para lutar ou uma grande vontade de fazer algo específico. Isso é ruim?

Faz tempo que eu e outras pessoas que gostam de mim notam que eu sofro de falta de entusiasmo. Mesmo. Não me empolgo muito com coisas que sacodem outras pessoas. Viagem para o Brasil? Tudo bem. Novo emprego? Tudo bem. Festa do meu aniversário? Tudo bem. Gente, eu sou a mulher 'tudo bem' do comercial da Fiat! Muito preocupante.

Por outro lado eu sempre recebo elogios do meu chefe pela minha calma e por ser equilibrada nas minhas decisões (aliás, acabei de ser promovida - yupeee!). Esse deve ser o lado bom da minha falta de entusiasmo.

Enfim, considerações.

Volto em breve com mais,

Frô.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Depois das buembas



Olha a Frô aqui de novo, fazendo relatórios baseados da observação de um mundo que só eu vejo - o mundo desta morada que é a minha cabeça.

Então ele foi embora, de volta pra Suíça. Foi ma-ra-vi-lho-so. Vivi 1 mês em 5 dias. Tudo junto, condensado, intenso. Queria fazer tudo ao mesmo tempo, queria aproveitar o meu chocolate branco suíço ao máximo. Deixei tudo de lado e mergulhei nesse mini-amor de 5 dias - e adorei! O verãozão de Xangai ajudou: fomos pra piscina à noite, viajamos de balsa até a ilha e ainda curtimos um dia velejando no lago Tai, com lancha, banana-boat e tudo que tínhamos direito.

Tirando a distância atual do Chocolatinho e as idéias loucas que me cruzam os neurônios, eu estou me sentindo extremamente feliz, o que pra mim parecia impossível há alguns dias atrás, depois do fim-do-namoro (que hoje parece tão distante).

Estou é feliz comigo mesmo. Por me permitir, por acreditar, por me aventurar, por VIVER. Cara, como é bom, viver com intensidade, sentir a adrenalina pulsando e levando todos os sentimentos ao mesmo tempo: o medo, a coragem, a paixão, a liberdade e a empolgação.

O que me fez perceber que eu sou dona do meu próprio nariz, e eu posso mudar tudo, e decidir o que vou sentir, o que vou viver no próximo instante. Só que o bom é que não preciso decidir agora o que vou viver em alguns meses. Estou feliz por decidir no dia-a-dia, no minuto-a-minuto.

Eu quero mais! Quero gritar, pular, nadar, dançar até não poder mais. Quero ver o que tem do outro lado de lá. Quero conhecer aquela outra pessoa, aquela praia da Grécia, aquele restaurante lá em Budapeste, sentir o vento no rosto no meio de um campo de arroz na Indonésia... e saborear os minutos entre tudo isso, aqui, do auge dos meus 30 anos (vale ler esse post lá do 3x30).

Vou vivendo o meu feriado pessoal, como a minha amiga Bia recomendou. E vou sendo feliz, e já volto pra te contar.

Beijinhos louquinhos da

Frô.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Buemba, buemba III



Sei que vocês estavam curiosos, mas eu estive ocupada nos últimos dias, rs.

Acontece que eu estou curtindo o suíço e está tudo muito bem, obrigada (sem cena de filme do Hitchcok).

O problema é que ele vai embora na segunda-feira, então só temos esse final de semana para curtir. Acho que vamos para uma ilha aqui perto de Xangai se o tempo permitir.

Bom, vou ali ser feliz e já volto,

Frô

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Buemba, buemba II


Mensagem no meu celular hoje de manhã:

"Oi Frô, acabei de chegar em Xangai. Eu acho que estou louco. Muita coragem, hein? Vou passar na casa de um amigo e nos encontramos depois, ok? Beijos, Suíço".

???

Enfim, conversando com amigas de plantão recebi dois tipos de comentários:

1. Ele é um louco, deve ser perigoso. Parece bem inconstante e impulsivo. Ele é do tipo do cara que pode te ameaçar com uma faca de madrugada.

2. Ai, que romântico! Ele viajou vários quilômetros e gastou uma grana só pra te ver de novo. Que fofo. Aproveita, um homem assim é difícil de achar.


Eu confesso que ainda não tenho uma opinião formada. Vou encontrar com ele hoje a noite e ver no que dá. Mas que deu uma elevada no ego, isso deu.

E você (hey, você fantasminha também), o que acha?

Frô.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Buemba, buemba, macaca Frô!


Não, a bomba não é sobre a entrevista da Sandy!


Como diz a minha amiga Dri: caraca maluco!

Andei pensando que estou me expondo muito e deveria escrever mais sobre a vida, o universo e tudo o mais (=42), mas eu recebi uma notícia bombástica que vai sacudir a blogosfera (ou pelo menos este blog aqui).

Acabei de falar com o Suíço no telefone, um fofo. Ele vive dizendo que só pensa em mim, que não queria ter ido embora e tals. Achei bunitinho então continuamos nos falando desde que nos vimos pela primeira última vez (há 4 dias atrás).

Ele me jogou a bomba pelo telefone: amanhã ele vai pro consulado chinês pra pegar um visto de turista e... vai voltar pra Xangai ainda esta semana!

Ele dizendo que é por minha causa e tals. Ca-ra-ca! Eu nem sabia o que responder. Fiquei assim ó:
:-O)
de queixo caído. Bem debaixo da galinha (chocada!).

Então, era isso que tinha pra dizer. Sem moral da história pois ainda estou digerindo isso tudo (será que é roubada? Assim tão rápido será que rola?)

Cla-ra-ro que eu volto logo pra contar as novidades.

Beijo,

Frô

sábado, 6 de agosto de 2011

Na saída

Terraço do 'The Apartment' em Xangai


Passei só pra contar que resolvi sair com um Suíço gatinho que conheci aqui em Xangai, afinal, duas semanas de sofrimento pós-namoro já tá bom, né?

O cara ia embora pra Suíça no dia seguinte, então era apenas pra curtir e depois nunca mais - o que pra mim foi o que mais me motivou a aceitar o convite.

Saímos pra jantar, conversamos bastante e depois fomos para uma balada aqui perto de casa. Tudo muito bom, balada cheia, música bacana, dançamos e nos divertimos a beça. Na balada tem um terraço e pudemos curtir juntos a noite estrelada de Xangai (raridade!).

Quando eu já estava bem descontraída curtindo a noite dei de cara com o Dito. Sim, claro, como uma assombração, não pôde nem me dar o prazer de não aparecer no mesmo lugar que eu na primeira vez que eu decido sair com alguém.

Mas gente, vocês estariam orgulhados de mim. Fui uma lady, cumprimentei com beijinho e sumi! Nem deu tempo de ninguém falar nada, haha, mas claro que deu tempo de ele ver que eu estava acompanhada!

Saí de lá rapidinho e fui pra outro lugar com o meu Suíço, pois 30 segundos do Dito na minha noite já foi o suficiente.

É claro que, como sou muito idiota, fiquei pensando nele o resto da noite. Mas enfim, vai passar, vai passar... já tá passando.

Fui (pra curtir outra balada e espero que o Dito não apareça),

Frô.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Descobrindo o novo


Piscina do Shimao Riviera Garden


Sabe que esse lance de estar solteira de repente (junto ou separado?) tem lá as suas vantagens. Eu tenho passado mais tempo com as minhas amigas, mais tempo comigo mesma fazendo coisas de mulherzinha (unha, cabelo, massagem) e mais tempo descobrindo novos lugares em Xangai.

Descobri que tenho verdadeiras amizades por aqui, gente com quem eu posso contar. Muito bom, tenho que cuidar dessas amizades.

E fazer coisa de mulherzinha também é ótimo. Meu pé já estava só cascão... haha. Agora tá bonitinho. E fuçar em lojinhas de rua onde encontro os maiores achados de Xangai? Tudo de bom.

E já estou testando novos lugares em Xangai, fora baladas e restaurantes. No último domingo eu fui pra uma piscina, show de bola. Tá muito calor aqui. Pretendo conhecer todas as piscinas abertas ao público em Xangai antes do inverno (será que consigo?).

Volto em breve para contar minhas aventuras,

Frô.

sábado, 30 de julho de 2011

Tweet às ex-paixões



Estava eu às 5 da matina em meu Alanisonambulismo andando no campus da Universidade de Arte de Xangai que fica aqui perto de casa (estava fechado, mas passei por uma fresta na cerca) quando me deparei com a música ‘Unsent’.

Como estou passando por uma fase de superconsumir os meus sentimentos pra ver se a ressaca do pé-na-bunda passa logo, achei a idéia interessante e decidi também escrever uma carta para cada um dos meus ex amores e ex quase amores (porque, francamente, não tenho como definir cada um deles nesse momento já que os relacionamentos têm proporções diferentes com o tempo).

Claro que com a modernidade e a facilidade dos microblogs – e como vocês não tem tanto tempo assim para acompanhar toda a minha tragetória amorosa – resolvi escrever um tweet em até 140 caracteres para cada um (em ordem cronológica):

@feirante: Você foi o meu primeiro amor e eu vivi aquela coisa adolescente e cheia de drama. Será que você gostou de mim também? #duvidacruel

@napa_zn: Foi muito intenso. Você se fazia de forte, mas era carente. Sempre penso em como teria sido. Espero que esteja feliz.

@noivorock: Quase casamos. Um doce de pessoa na carcaça de um grunge. Sofri d+ quando acabou mas foi melhor assim. Éramos muito jovens.

@bonzinho: Você era o genro perfeito, mas eu queria mais. Queria alguém mais firme, mais decidido. Acho que ‘bom garoto’ não era meu estilo.

@viagraman: Mergulhei nesse amor. Você tão perdido, com tantos vícios e erros. Eu não coube na sua vida na época, mas adorei a despedida.

@dj_palhaço: Cara, você era complicado. Tantos medos, tanta proteção contra todos. Vivia no seu mundo, o qual eu nao me adaptei. #tentei

@dutchprince: Eu largaria tudo e me mudaria pra Holanda só pra viver esse amor. Era demais pra você. Se permita mais na próxima. #ficaadica

@pinguim: Foi rápido e rasteiro. Seu charme francês conquistou meu coração de expatriada. O smoking foi sacanagem. ‘Amar, cair e levantar’.

@belo: Queria ter tido chance de consertar. Era bom e descomplicado. No fundo somos parecidos. Te amo mas desamarei em breve. #foradesilusao

Ufa, que desafio. Me sinto melhor agora. Acho que vou mudar a trilha para um axé porque demorou pra eu entrar na fase “Sou praieira, sou guerreira, tô solteira, quero mais o quê!”.

#fui,

Frô.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Música de fossa



Por mais que a gente queira sair da fossa-pós-fim-de-namoro, volta e meia a gente fica se boicotando. Eu adoro ouvir música e sempre que posso estou com o meu iPod por aí. E é claro que nessa fase de adaptação após rejeição a gente sempre acaba ouvindo aquelas músicas de dor-de-cotovelo.

E eu tenho uma coleção delas. Além de escutar, eu ainda as canto dramaticamente na rua. Imagina eu dando uma de Mariah Carey cantando um rasgado "So take a look at me now, there's just an empty space", ou como a Alanis soltando "I'm here to remind you all the mess you left when you went away".

E olha que a minha seleção musical tem de tudo. E eu me pego dando replay nas Brazucas também, como aquela do Nenhum de Nós que fala "Diga a ela que que você me viu e que eu parecia muito bem, apesar de tantas noites vazias" ou O Teatro Mágico em "Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar", o Skank em "Sei que amores imperfeitos são as flores da estação", a Pitty cantando "Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se curam", e até mesmo Sandy e Júnior com "Abri os olhos, não consigo mais fechar, assisto em silêncio até o que eu não quero enxergar".

Normalmente eu escuto essas músicas com uma certa angústia e botando todas as minhas emoções pra fora, mas confesso que caí na gargalhada quando do nada tocou um Pato Fú com a "Quase". A música tem aquele jeitinho debochado do Pato Fu, mas é redondamente assertiva, tanto que essa eu faço questão de deixar um pedacinho pra vocês:

"Quase um amor, quase um caminho que me deixou quase sozinho. E apesar de ter ficado quase um ano quase morto de paixão hoje já estou quase bão".

Tá, não é engraçada, mas se pensar bem foi mais ou menos isso o que aconteceu.

Bom, fico por aqui com o meu masoquismo musical,

Frô.

domingo, 24 de julho de 2011

Eu vou te bloquear no ême-ésse-êeeeene!




Já tá doendo um pouquinho menos. Já deu até pra pensar em outras coisas e parar de ficar imaginando vingancinhas a cada 5 minutos.

Hoje à noite tava indo encontrar uma amiga e vi um careca um pouco mais adiante. Meu coração disparou - achei que era ele. Não sabia se voltava ou ia em frente. Arrumei a postura e olhei de novo, não era ele, era outro careca.

Aliás minhas amigas me deram a maior força, gente que eu nem imaginava veio me emprestar o ombro. Na sexta, assim que tudo acabou, eu estava entrando no condomínio, arrasada, quando os meus colegas de quarto apareceram. A menina, uma fofa, já desceu na moto e veio me abraçar. Chegando em casa ela fez um chá pra mim e veio me consolar.

Como diz minha mãe, tudo acontece na hora certa. Eu morando sozinha há um tempão na China e bem na semana que eu mudo pra dividir o apartamento foi quando eu mais precisei de companhia. Não sei o que seria se voltasse pra uma casa vazia.

Agora deu o maior trabalho pra bloquear o Dito em tudo quanto é espaço virtual: bloquear e-mail, skype, msn, facebook - é que eu não quero correr o risco, né? Se o meu coração disparou só de ver uma careca, imagina se eu vejo um post/scrap/comment?

Estou pensando em bloquear o número do celular também. Eu deletei do celular, mas o Dito ainda me mandou duas mensagens, apenas pra desejar que eu supere tudo logo para que possamos ser amigos. Não consigo nem pensar nisso ainda, mas já fico checando o celular toda hora pra ver se tem mensagem nova. Vou é cortar o mal pela raiz, bloquear o número na operadora assim eu não tenho como ficar esperando uma nova mensagem chegar.

Radical, mas tem que ser assim. Chega de ilusões.

Beijos,

Frô.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Eu vou tirar você e eu de nós!




Dói! A gente sempre acha que está preparada, mas quando acontece dói demais. Mais do que eu imaginava.

Ele terminou comigo hoje. E eu me senti completamente impotente. Não pude fazer nada, não tinha nada o que fazer... acabou!

Foi de repente (pelo menos pra mim). Ele não gosta mais de mim. Não posso fazer ele sentir o que ele não sente.

Acho que é sempre difícil "levar-um-pé", mas o que eu ouvi doeu demais: "se ficar com você será por pena" ou "eu gosto de você, mas não todos os dias". Sério? Foi à isso que tudo se resumiu?

Estou com uma música da Zélia Duncan na cabeça, e como diz na música "Eu vou tirar você e eu de nós", "Eu vou tirar você de mim", "Eu vou tirar as suas impressões digitais da minha pele".

Enfim, eu vou conseguir, mesmo que hoje pode parecer que vai doer pra sempre, eu seu que nunca dói pra sempre.

Frô.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Meu lado Nerd


Pra quem não sabe eu trabalho na divisão de tecnologia em uma empresa de design de espaços, principalmente para construções temporárias. Isso quer dizer que eu trabalho no mundo de eventos e no meio de um monte de Nerd.

Todos os dias eu me deparo com novidades tecnológicas e idéias inovadoras. E eu tenho me interessado mais por mundos virtuais e aparelhos eletrônicos.

Eu normalmente não fico colocando essas coisas aqui, mesmo porque eu sei que os meus muitos (6) leitores não são nerds, mas hoje eu tive que postar algo do tipo.

É que eu vi o vídeo de um aparelho chamado 'sexto sentido'. É um vídeo de fevereiro de 2009, mas parece que é de 2029. É sobre a pesquisa de um aparelho que leva o mundo virtual para o mundo real. O vídeo é impressionante, já que mostra incríveis possibilidades para o futuro desses aparelhos:


Apresentação do MIT Media Lab no TED - pesquisa do 'Sexto Sentido'


Captou? Muito bom mesmo.

Agora só pra descontrair, achei esse videozinho do Marco Luque como 'Ed, o Nerd' em um comercial para o Itaú. Engraçado.


Marco Luque em Ed, o Nerd, para Itaú


Até a próxima novidade,

Frô.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Muitas e curtas


"Ai que calooor!"

Rá, quem é vivo sempre aparece.

Com todo o alvoroço de férias + mãe na China + mudança de apartamento + tentar sobreviver ao calor de Xangai + baladinha-pq-ninguém-é-de-ferro, acabei ficando um tempão sem vir aqui.

Apesar de muita coisa acontecendo, me faltou inspiração (e tempo) pra escrever, mas tive que vir aqui para registrar o que não poderia passar em branco:

- Juntei muita coisa. Me senti parte do programa "Os acumuladores". Gente, um ano e meio de China e eu já tive que fazer mudança de caminhão - e olha que nem móveis eu tenho (salvo um puff recém adquirido). Devia ter tirado uma foto, mas a visão das caixas amontodadas na sala de estar do meu novo apê agora só está registrada na minha lembrança.

- Porque ninguém me falou que urso panda não gosta de calor? E eu voei até a Conxinchina (ou até a cidade de Chengdu, na província de Sichuan) pra ir no tal parque dos pandas e só vi os bichinhos enjaulados, aproveitando o ar condicionado, ou até dormindo em cima de pedras de gelo. #ficaadica pra quem for lá, vá na primavera ou outono.

- A que merece ser contada da viagem foi eu e minha mãe no meio do grupo de turistas chineses em um ônibus de excursão. O passeio foi uma boa, mas na volta o ônibus pára no meio da avenida e todo mundo desce. Eu meio acordada, meio dormindo desço também, achando que vamos a mais um dos incontáveis passeios, quando descubro que a viagem tinha acabado e, segundo a nossa guia, "eu podia pegar um táxi dali para o hotel". Literalmente fomos despejadas no final do passeio.

- Muitas foram as presepadas da minha mãe, como se perder até pra ir no banheiro no shopping ou pedir lanche do Mc Donald's e querer sair sem pagar. Váaaarios micos (ou pandas)?

- E eu estou na fase de readaptação do meu relacionamento com o Belo agora que ele se mudou pra Xangai e estamos pertinho um do outro. Ainda não descobri se isso é bom ou é ruim ou que-vantagem-Maria-leva, mas a vida é assim que nem futebol: uma caixinha de surpresas.

- Gente, eu ainda não quero saber qual é a do Google+. Eu já perco muito tempo com minha vida social na internet, então por favor não me mandem convites ou e-mails para o tal do Google+. Quando eu tiver afim de testar a novidade eu aviso.

Muito resumidamente, era isso que eu queria contar. Vou parando por aqui porque eu acho que ler posts muito longos deve ser super sacal.

Quando der eu volto.

Até+,

Frô.

terça-feira, 21 de junho de 2011

As impressões da mãe da Frô



Xangai - vista do calçadão do Rio Huangpu

Aqui quem escreve é a mãe da Frô, e estas são as minhas primeiras impressões sobre a minha viagem para Xangai.

Saindo de São Paulo, já atrasada correndo, transito terrível, embarcamos finalmente. Fiquei o vôo inteiro sem dormir - muito ansiosa - ouvindo a Frô roncar do meu lado. Não tive paciência nem de assistir um filme ou ler nada. Depois de 12 horas de vôo , chegamos ao aeroporto de Amsterdam e fomos visitar a cidade. Amsterdam é uma cidade muito bonita, com muitos canais e muitos turistas, principalmente idosos. Fomos ver o bairro da "Luz Vermelha", onde as mulheres ficavam se expondo nas vitrines e chamando os transeuntes. Eu já tinha visto isso na televisão e foi muito interessante constatar que isso tudo realmente existia. Meio impressionante, né?

Entramos em uma lojinha de "erva" e fiquei surpresa com tudo o que era feito da maconha: de xampu a champanhe. Almoçamos em um pub uma autentica panqueca holandesa e, por incrível que pareça, voltamos ao aeroporto no horário para a conexão.

A viagem de Amsterdam para a China foi melhor porque eu consegui dormir. A comida do avião era excelente. Adorei!

Chegamos na China! Quando chegamos no aeroporto, depois de passar por mil e um sistemas de segurança, encontrei o meu genro - o Bello - que estava nos esperando.

O resto foi só alegria: comida boa, cama boa, passeios, compras, compras e mais compras! Estou dormindo bem (e bastante). O fuso não me prejudicou muito, estou muito bem.

Adorei andar de metrô e ver como as chinesas se vestem - acho muito legal.

De manhã somos acordadas com o som dos pássaros e de noite dormimos ao som dos sapos e grilos. O condomínio da Frô tem uma área verde grande e várias pessoas fazem caminhada, tai-chi-chuan e dança.

Acho que vou me mudar para a China (brincadeirinha).

Tenho muito mais coisa pra contar, mas acho que pessoalmente é melhor. Tudo é curioso. Tudo é muito igual e muito diferente. Achei as pessoas muito simpáticas e sorridentes.

Bom, é isso, só vindo pra saber como é. Não vou voltar pra escrever mais porque estarei ocupada curtindo a China.

Zaijian,

Mãe da Frô.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A nova loira do 'morando'

Eu de Sandy: todo mundo tem um lado devassa!


Minha cabeça está diferente hoje. Foi tudo tão rápido. Quando olhei no espelho, eu já estava diferente.

O Bello viu uma foto minha de quando eu estava mais loira, e comentou que eu podia voltar a ser. Como eu tenho a pele negra, fiquei meio reticente com o pedido. Mas o que é que ele não pede sorrindo que eu não faça sorrindo (sem choros por aqui)?

Eu também queria mudar, mas confesso que estava morrendo de medo.

Como eu confio super - ultra - duper no meu cabeleireiro, cheguei lá ontem e falei: "faz aí umas luzes. Da cor que quiser, do jeito que quiser. Meu namorado quer que eu fique loira, eu não quero, então faz algo no meio termo para agradar os dois".

Ele fez luzes lindíssimas, e hoje sou uma loira feliz!

Espero que a tinta não afete o Tico-e-Teco que moram aqui, dentro da minha cabeça.

Um abraço aloirado,

Frô.

domingo, 12 de junho de 2011

140 caracteres


Estou traindo. Sim, tenho trocado vocês pelo twitter. #prontofalei.

Já tinha me interessado e me desinteressado pelo mundo em 140 caracteres, mas recentemente redescobri o tal do microblog. O problema é que é um pouquinho viciante, já que tem tanta coisa interessante.

Mas nessa onda de microblog decidi que vou escrever mais as minhas curtas por aqui também - ou 'médias', já que aqui não tenho a restrição do tamanho da mensagem. Vou fazer que nem o @tuttyvasques faz no blog dele.

Foi pelo twitter que vi o link do vídeo fofo que a @agenciaafrica fez para a @vivoemrede:



Foi lá que a minha amiga @eli_nunes viu o link da @bandamaisbonita deste vídeo aqui:



E foi lá que eu vi o apoio que gente do mundo inteiro deu para o @ClaroRonaldo no dia do último jogo da seleção, e que o @pallocci pediu demissão (minutos antes do plantão da @rede_globo), e, há minutos atrás, que hoje tá tendo um plebiscito na Itália para discutir se o Berlusconi fica ou não fica e que o tio @realwbonner tava no Arquivo Confidencial do @DomingaoTVGlobo. Enfim, estou atualizadíssima sobre tudo o que rola nos TT's do Brasil e do mundo.

Concluindo, este post não é uma propaganda do @LucianaRosaSP, mas se quiserem, me sigam por lá.

#beijo e #fui.

Frô.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Convite aberto:

A SYMA Innovation está com instalações interativas na exposição Somos Terra. A entrada é gratuita e, para grupos pequenos, não é necessário agendar.

Venham todos:


Clique na imagem para aumentá-la.

domingo, 22 de maio de 2011

O Chinês do Metrô



Gente, esses dias eu estava na casa de uma amiga e contei essa história. Ela deu tanta risada que me fez contar a mesma história mais umas 3 vezes naquela noite. Então pensei que vocês pudessem rir também dessa historinha verídica:

...
Estava eu esperando o metrô (lá em Xangai) quando um chinezinho parou atrás de mim. Ele estava muito perto e cantando, mas até aí normal, a noção de espaço individual é diferente na China.
Eu entrei no metrô e sentei, o chinesinho sentou bem grudadinho. Ele olhou pra mim e deu uma risada, bem engraçada, parecia uma mistura de risada de criança com risada de gente com problema mental.
Eu disfarcei e olhei pro outro lado. Ele começou a cantar mais alto e balançar o pé igual criança.
A cena do olhar pra minha cara, rir engraçado, cantar alto e balançar os pés se repetiu por algumas estações, e eu já não estava mais conseguindo segurar o riso.
Eu acredito que o moço estava simplesmente feliz por ver uma estrangeira no metrô, que ele queria fazer algum tipo de contato e não sabia como. Enfim, vai saber o que se passava na cabeça dele.
Nesse momento entrou um americano e sentou do lado do chinês. E o chinês, claro, mais animado ainda, fez a mesma cena do encarar, rir, cantar e balançar os pés. Até que ele falou (em inglês):
Chinês: - Você é inglês?
Americano: - Não, sou americano. E você? É russo?
Chinês (depois de uma risada mais alta e engraçada ainda): - Não, eu sou China.

Daí que eu comecei a rir. Não aguentei. O americano perguntou se eu conhecia o moço, e eu só ria e falava que o moço estava muito feliz em nos ver, e poder praticar o inglês. Eles continuaram:
Chinês: - Eu vou casa. E você?
Americano: - Eu vou pra casa também.
Chinês: - Meu casa aqui. Eu vou casa. Tchau.
Americano: - Tchau.

O chinês vai se afastando, mas toda hora vira pra trás pra olhar pra gente, e rir, e cantar.

...

Tá, acho que mais engraçado se eu contar. Mas faz uma forcinha e imagina uma cena dessa em um metrô aqui no Brasil.

Quer saber como é essa experiência? Vai me visitar lá na China.

Até,

Frô.

Rotina


É gozado como eu me sinto em casa aqui em São Paulo, mas como eu sinto falta da minha casa lá em Xangai.

A minha vida aqui já está totalmente normal, uma rotina. Vou ao trabalho, assito tv, visito minhas amigas, pego trânsito - uma vida normal, como a de qualquer pessoa em São Paulo.

Pra exemplificar, nesse exato momento estou assistindo a dança dos famosos no programa do Faustão. Quer coisa mais normal pra domingão de brasileiro do que isso?

Mas sinto falta do meu canto, e principalmente do meu namorado. Acho que também estou um pouco cansada, passando pro um estresse no trabalho.

O que eu quero mesmo é tirar férias, e viajar pela China... para depois voltar pra rotina de novo, mas dessa vez em Xangai.

Frô

domingo, 1 de maio de 2011

Frase infeliz



Eu deveria ter dito isso

Esse final de semana o Bello não pode vir pra Xangai, mas sugeriu que eu saísse com os amigos dele. Foi bem legal, fomos jantar em um restaurante italiano e depois fomos para uma balada que estava bem animada. Eu estava com algumas amigas também, dançando e me divertindo.

Há certa altura minhas amigas queriam ver como é o samba, e eu comecei a sambar e rebolar. Foi nesse momento que o infeliz do italiano amigo do Bello soltou uma frase inapropriada:

- Agora eu sei porque o Bello...

E ele se calou. Talvez tenha percebido a bobabem a tempo, mas mesmo assim não soou bem. Eu sei que o que viria depois era o 'Agora eu sei porque o Bello está com você'. Realmente não gostei.

Como eu não fui tão rápida, na hora só saiu algo do tipo 'Não, você não sabe, ele é o único que sabe.'

Claro que depois fiquei pensando em mil respostas bem mais elaboradas, como 'Você nunca vai saber, querido. Você só pode olhar e babar', ou 'Não, não é por isso, o Bello não é tão superficial assim', ou um bom e velho 'Por que no te callas'. Mas como não falei nada disso, só posso imaginar o que poderia ter respondido.

No fundo eu sei que ele não teve culpa. Ele é apenas um ser inferior que está em outro grau de evolução e não sabia do que estava falando.

Enfim, venho eu aqui mais uma vez desabafar no meu blog.

Frô

sábado, 30 de abril de 2011

A minha grama é mais verde?



A grama do vizinho é sempre mais verde?

Só eu sei o que é ser eu, e olha que um monte de gente pode jurar de pé junto que sabe como é.

Estou parando de mencionar que tenho uma personal trainer (oops, agora está no blog, f*). Como povo tem inveja de personal trainer. É uma escolha minha que eu fiz. Preferi tentar começar a gostar de academia pagando uma personal do que comprar o iPhone 4. A escolha é minha e só eu que vivo com ela, mais ninguém. Mas quando eu falo pra alguém que tenho uma personal, eles arregalam os olhos com uma cara de "poxa, que inveja, sua vida é maravilhosa". É mesmo?

Esse foi um ato desesperado, já que o ponteiro da balança não parava de subir e eu cansei de pagar academia e não ir. Realmente tem funcionado pra mim, tenho ido pra academia pelo menos 3 vezes por semana (porém, o bendito ponteiro - ah, objeto faceiro!). Mas fico imaginando quando eu estou pulando em um pé só, me matando pra terminar a série de abdominais ou quando tenho que escutar um sermão da magrela da minha personal ("você deveria comer mais legumes") se realmente a minha grama é mais verde. Só eu sei, só eu sei.

Mas de qualquer forma estou muito feliz porque eu vou mostrar o lado mais verde da minha grama pra minha mãe. É, ela vem pra terra do sol nascente. Pra onde o dia começa primeiro. Ela vai passar um mês aqui e eu vou me esforçar pra mostrar o que tem de melhor aqui na China, no meu mundinho, na minha cabeça, no meu quintal. Pelo menos ela vai entender um pouquinho mais quando eu tentar explicar o que se passa aqui comigo, coisas que só eu sei, só eu sei... mas que ela vai saber um pouco também.

Tá, volto, volto pra dividir com vocês.

Beijos,

Frô

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Medo do que não sei




Como pode alguém ter medo do que não sabe? Se você não sabe, não é mais fácil acreditar que o que virá pela frente é bom?

Já me peguei pensando nisso diversas vezes. Acontece que eu estou diante de um desafio profissional que, como o próprio nome diz, é desafiante. O meu medo é não saber fazer. É assumir algo novo, novas responsabilidades, novos compromissos, novas metas e não conseguir cumprir.

Eu sei que todo mundo passa por isso, mas agora está acontecendo comigo, e eu estou com medo... medo do que não sei.

Conversando com as minhas amigas vejo que isso é algo mais forte nas mulheres. Se fosse um homem na minha posição, um "gerento" (estou tendo aulas de concordância de gênero com a Dilma), ele hesitaria? Acho que ele ficaria feliz de ter tantas "oportunidades" pela frente.

Confesso, às vezes perco o sono. Sei que eu não deveria me "pré-ocupar" tanto, mas eu sou assim (síndrome de Gabriela: 'Eu nasci assim, eu cresci assim...').

Mas no fundo eu sei que se eu não bater as metas, se eu fizer uma grande 'cagada' no trabalho, se eu ferrar com um projeto, sabe o que vai acontecer? Nada. Na-di-ca-de-na-da. A vida vai continuar. Pode ser que eu perca o emprego e tenha que achar outro, porém isso já aconteceu comigo antes e as mudanças sempre foram pra melhor.

Fora que eu não contei que essa semana eu levei um super susto. Recebi uma super proposta para ir para Pequim. Uma oportunidade profissional. E eu não fiquei feliz. Na verdade eu me desesperei achando que ia ter que terminar o namoro (ser apaixonado é buuurro), recusei a oferta e... sabe o que aconteceu? Nada. Na-di-ca-de-na-da. A vida continuou.

E eu continuo aqui, nesse lugar que é a minha cabeça - uma cabeça do tamanho de um planeta e tão sub-utilizada...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Conversas abertas, sociedade fechada




Sei que ando meio sumida, mas como vocês sabem estou assistindo novamente o seriado 'Sex and the City' e isso tem me tomado muuuito tempo - claro que trabalhar até tarde todo dia, ir pra academia, fazer aula de chinês e ter um namorado (e tudo o que acompanha - unha, cabelo, depilação, etc) também não ajuda muito. E a minha performance televisiva nem é assim tão boa. Faz um mês que estou assistindo o box e ainda estou na metade, acabei de terminar a terceira temporada.

Essa introdução mulherzinha é porque um dos temas do seriado é sobre o que podemos falar abertamente, como e com quem podemos ter essas conversas. Tudo bem que a Carrie pisou na bola com a história de chifrar o pobre do Aidan com o Big, mas um dos maiores medos dela é que a Charlotte descobrisse. Peraí, a Charlotte não é uma das suas melhores amigas?

E não é que me peguei justo na mesma situação? Não, não estou chifrando o Bello, muito menos com o Big. Mas tem coisas que acontecem na minha vida que eu gostaria de dividir com as minhas amilgas, mas eu acabo escolhendo a que é mais 'adequada' para cada tipo de assunto. Talvez seja só porque no fundo eu não quero uma opinião sincera de uma amiga. No fundo eu quero um ombro e uma passada de mão na cabeça - mas amigas não são só pra isso.

Enfim, se existe esse drama todo entre amigas, imagine entre colegas. Aqui na China eu não tenho muitos amigos, não amigos próximos de verdade, principalmente depois que a minha amiga alemã foi embora. Então volta e meia me abro com os meus colegas. Não só coisas íntimas e super-secretas, não, às vezes só quero poder falar bobagem sem ter que me preocupar com o que eles vão pensar de mim.

Moral da história: ainda não sei, estou pensando. Enquanto isso fico nesse me-abro-me-fecho constante. Como se eu precisasse de mais um efeito-sanfona na minha vida...

domingo, 3 de abril de 2011

Na sala da Fifi




Li na internet um artigo sobre a Fifi. Era uma dessas colunas onde alguém responde perguntas sobre sexo, e a colunista estava tentando convencer a leitora que escreveu a ter a sua primeira depilação com cera.

A recomendação era que a leitora se depilasse com a Fifi, uma filipina que atende em Xangai e que, segundo o texto, tem a habilidade de depilar sem que doa muito.

Lá fui eu conhecer a tal da Fifi - e dar uma carpinada no mato. Realmente a moça tem jeito, e também gosta de conversar. Segue um pouco da nossa conversa:

Fifi: Ah, você é brasileira? Foi lá que inventaram a depilação com cera. Deve ter muita depiladora boa lá.
Eu: É, tem sim, mas não sei se foi lá que inventaram a depilação com cera.
Fifi: Foi sim, por causa dos biquinis pequenos. E por causa do Carnaval.
Eu: Deve ser.
Fifi: Minhas clientes vêm aqui para depilar 'à brasileira'. Sabe? Limpar tudo.
Eu: Sei, sei, é engraçado que esse estilo se chama 'à brasileira'.
Fifi: É, mas algumas clientes quando vêm aqui falam "essas benditas brasileiras que inventaram depilação à cera. Tinham que ter inventado algo que dói tanto?". Mas elas sempre voltam.
Eu: E você também atende homens?
Fifi: Sim, atendo muitos homens. Eles também pedem 'à brasileira'. E olha que não é só gay, não. A maioria é hetero. Eles fazem pra agradar às parceiras. Mas eles sofrem, coitados.
Eu: Deve doer pra depilar 'as bolas'.
Fifi: Não, o problema não é 'nas bolas', o problema é no principal mesmo, sabe? Na lateral. É muito sensível. Mas eles fazem, sofrem, xingam e sempre voltam. Tem muitos que fazem também no 'olho que nada vê', sabe? Atrás. Pra combinar, né?
Eu: É, deve ser pra combinar...

P.S.: piada para a Rê - será que os homens depois de depilar "o olho de trás" enxergam o mundo sob outra perspectiva?

quarta-feira, 2 de março de 2011

Lixo Cibernético e Cyber Vadiagem




Aqui estou eu, colocando mais alguns caracteres na World Wide Web. É impressionante a quantidade de coisa que tem na web hoje. E pra se atualizar com tudo isso?

Estou fazendo novas escolhas. Parei de visitar o site do Terra e Uol como fazia diariamente e visito somente o "estadao.com.br" e o "reuters.com" pra notícias. Aquela historinha de 'video cassetada' + 'fulana tirou a calcinha no BBB11' + 'veja dicas da Sabrina Sato para um corpo perfeito' já me cansou. Temos mesmo que receber tanto lixo?

Fora que estou parando com as redes sociais. Vou usar apenas o Facebook daqui pra frente (mesmo que por enquanto eu ainda não posso fazer upload de fotos daqui da China). Não dá mais pra ficar lendo as baboseiras do orkut e o milésimo update do 'fulano precisa de novas prateleiras no Café Mania'.

Estou escolhendo alguns blogs para ler periodicamente e assinando alguns RSS. Também dei uma boa limpada no meu e-mail e marquei um monte de remetente como 'Lixo eletrônico'.

Trabalhar de frente para o computador o dia inteiro me distrai. Volta e meia me pego cybervadiando. Estou tentando me disciplinar quanto a isso também.

Mas, por hora, passo por aqui no 'Morando' pra deixar estes pensamentos soltos pra vocês.

E você, tem alguma dica de um 'bom' conteúdo na internet?

Frô.

P.S.: na minha cybervadiagem pesquisa online, achei uma matéria sobre o assunto aqui.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pêsames virtuais




Hoje uma amiga minha me comentou que recebeu uma sugestão do facebook para entrar em contato com um amigo, pois fazia algum tempo que ela não se comunicava com ele por essa rede social. O detalhe é que esse amigo faleceu há alguns meses.

Ela me disse que o perfil dele continua no ar, e que ela não sabe se os familiares fizeram uma solicitação de remoção de perfil no facebook ou se preferiram não tirar ele do ar. Ela me disse ainda que no dia seguinte ao falecimento do amigo, várias pessoas publicaram mensagens de pêsames no perfil dele.

Eu achei no mínimo tudo um pouco mórbido. Esse negócio de eternidade virtual soa um pouco estranho pra mim.

Decidimos que o ideal é que cada pessoa tivesse uma declaração pessoal em um envelope lacrado em algum lugar em casa, para ser aberto pelos familiares após o falecimento. Nessa declaração seria possível saber se a pessoa gostaria de doar os órgãos, se possui seguro de vida, um mini testamento e no final uma lista com todas os logins e senhas da sua vida para que os familiares pudessem cuidar da sua imagem virtual após a morte. Aliás, nesse documento poderia constar também qual é o nosso desejo para a nossa imagem virtual pós-morte, tipo, "Quando eu morrer quero que o meu status no facebook seja 'Frô está curtindo a sua viagem espiritual' ou 'Frô acabou de fazer um check-in no céu'".

Piadas a parte, este é um assunto que tem perambulado pela minha cabeça.

E você, o que pensa a respeito?

Frô.

P.S.: Achei uma matéria sobre isso aqui.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Pequenas distrações




Eu sempre prometo a mim mesma que vou voltar aqui mais vezes, que vou escrever mais o que passa na minha cachola, mas acaba que a segunda-feira vira quarta, que vira sábado, que passa voando e já é domingo à noite.

E eu aqui, do outro lado do mundo, vivendo a minha vidinha. Nada grandioso aconteceu nas últimas semanas, mas tenho vivido vários pequenos momentos felizes.

Estou fazendo novos amigos, tanto que semana passada eu saí quase todos os dias. Até encontrei outra pessoa do passado (lembram do americano do trabalho, aquele que acabou não dando em nada? Calma, só vi, só. Olhar pooode). E reencontrei uma pessoa querida no skype e ficamos falando bobagem até de madrugada (pra ele, porque por aqui eu falei bobagem até a hora do almoço, só).

Distraçõezinhas sem efeitos colaterais à parte, eu e o Belo estamos super bem. Com mais intimidade, com mais respeito, mais carinho. Estou curtindo muito o nosso relacionamento. Ele vai ficando mais maduro à cada dia.

E a China continua a mesma, ou tenta continuar. O povo aqui anda tão empolgado com as mudanças na África e em países árabes que estão tentando começar um movimento pró-democracia. O detalhe é que aqui é China, galera, não é assim tão fácil. Vale dar uma olhadinha nessa notícia aqui.

E mesmo vindo de um país democrático, acho que no fundo tudo quanto é governo tem um monte de coisa errada. Dos Bellusconis às Dilmas, tudo poderia ser melhor.

Enfim, galera, é legal pedir democracia em praça pública, mas vamos com calma que por aqui são milênios de censura e opressão.

Podiam pelo menos deixar o Google em paz...

Frô

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Suco de bambu





Só pra dar o ar das graças.

Conversa com a minha amiga italiana:

Ela: - No Brasil também tem suco de bambu, como na China?
Eu: - Como assim? Eu não lembro de ter visto suco de bambu por aqui.
Ela: - Esses sucos que eles vendem na feira, que eles colocam o bambu em uma máquina grande que espreme e sai suco de bambu em uma jarra.
Eu: - Ah, você quer dizer caldo de cana...

Tóim!

Frô

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Exagero





Descobri que tenho compulsão por comprar DVD's pirata. Explicando, aqui em Xangai não existe locadora e a TV aberta só tem um canal com filme em inglês, por isso, todo mundo aqui compra DVD pirata.

Eu sempre compro DVD no tio da esquina (e pago 1 reals), mas hoje descobri o paraíso. Faz tempo que quero ir em uma loja que vi em uma revista que tem uma grande seleção de DVD's, mas tinha anotado o endereço não sabia onde. Hoje por acaso achei a loja e comprei 8 filmes e duas caixas de seriado ('Sex and the City' e 'Seinfeld', porque, né... vai que tem algum episódio que eu ainda não vi). Só que como essa loja fica na French Concession (um bairro chique tipo 'Jardins'), eu paguei 4 reals em cada filme - os seriados foram mais caros, mesmo porque a caixa do Seinfeld tem 32 DVDs. Tirando as séries, tenho aproximadamente uns 100 DVD's em casa.

Estou mais pobre mas estou feliz. Agora eu posso assistir de novo e de novo (e de novo) os filmes que eu mais gosto e que já assisti trocentas vezes - como diz a minha mãe, os 'filmes encosto'. Comprei (e forcei o Bello a assistir) o 'Brilho eterno de uma mente sem lembranças' , o 'Guia do mochileiro das galáxias', e outras preciosidades. Estou muito feliz.

Pra melhorar a loja fica ao lado do único cabeleireiro de Xangai que sabe fazer escova em cabelo pixaim (mais uns reals) e do meu restaurante Mexicano favorito, o Cantina Agave.

Queria que a minha amiga Rê estivesse aqui pra ir comigo nesse mexicano. Cara, é muito bom. Fui lá umas quatro vezes e sempre como a mesma coisa: o burrito de carne assada. Hoje eu descobri que eles fazem o tal burrito em tamanho 'papito'. Eu fui lá às 3 da tarde, varada de fome, e não consegui terminar o prato de tão grande que era. E olha que eu me esforcei bastante. Foi o melhor prato mexicano que já comi. E sabe o que descobri? Que de final de semana das 11:00 às 15:00 tem ótimas opções de brunch e por 20 reais tem open bar de margarita! Definitivamente voltarei para aproveitar as margaritas e provar os 'ovos divorciados' ("dois ovos 'divorciados' por salsa e guacamole, servidos com carne assada, pasta de feijão e arroz à espanhola").

Exagero?

Tá certo que depois de ver uma foto minha essa semana parecendo um bolinho-de-ovo eu vou começar mais uma dieta amanhã (segunda-feira é pra isso), mas domingo é ou não é o dia-internacional-do-pé-na-jaca? #mexicanopooode

Frô

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Ano novo de novo




Sim, de novo. Hoje, dia 03 de fevereiro, é o primeiro dia do ano do Coelho no calendário Chinês.

Pensei em escrever um post sobre as tradições da comemoração da data aqui na China, mas eu vivo como uma estrangeira aqui e não participo tanto dos costumes locais. Além de ser fácil encontrar textos desse tipo na internet - este aqui por exemplo é do site Todos Somos Um.

Mas acabei participando da festa de fim de ano da empresa onde trabalho - uma comédia. Muita bebida e adultos participando de brincadeiras de criança, como a dança da cadeira ou a corrida do ovo na colher. Ontem fui a uma festa com outros estrangeiros, mas nada de mais: bebida, comida, música e fogos de artifício - estes, por sinal, não vão parar tão cedo, vão ficar estourando na minha orelha por pelo menos mais duas semanas.

Escrevo porque hoje começou um novo tempo para mim. Nada de especial, apenas um novo dia, cheio de possibilidades, como todos os outros dias. Temos como começar de novo todos os dias.

E, como às vezes estes sinais nos mostram que é sempre possível ter uma nova chance e a gente não percebe, alguém lá em cima resolve enviar um sinal bem grande e esfregar na nossa cara. É que ontem eu encontrei um fantasma de um pinguim em uma loja aqui na China. Sim, o próprio, meu ex francês. Um ser lindo, alto, loiro e de cabelos compridos sorrindo para mim.

Eu vinha carregando essa mágoa, meio raiva dele no meu peito desde que a gente terminou (desde que ele virou fumaça e não teve nem cara de retornar meus e-mails). Toda vez que alguém me perguntava dele, eu respondia carrancuda. Mas quer saber? Assim que eu o vi toda a minha raiva passou. Fiquei meio surpresa, meio sem saber o que falar, mas trocamos algumas palavras cordiais sem muita delonga e me despedi. Apesar do leve corar das bochechas e do coração disparado, senti um alívio e uma certeza de que ele é assunto do ano passado. Finalmente enterrei o falecido.

Agora é pedir para que o Sr. Coelho traga ainda mais sorte para mim, já que eu estou aqui digitando de frente para o meu Bello, e curtindo cada momento com ele - inclusive a comemoração do Ano Novo Chinês.

Xin Nian Kuai Le (feliz ano novo) para todos vocês!

Frô

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Nas Nuvens




Sim, estou nas nuvens. Não só porque estou apaixonada (ainda esse assunto?), mas porque meu pensamento vive voando por aí, flutuando entre uma nuvem e outra. Às vezes penso que tenho hiperatividade - claro, só até olhar para o sofá e sentir aquela preguiiiça -, mas paro e percebo que é pura dislexia.

Escolhi esse título devido à vários pensamentos que populam a morada da minha cabeça no momento, como:

Nuvem 1: Estava eu aqui choroza porque o meu LimeWire não funciona mais quando visitei o site Sound Cloud por indicação de um amigo. Adorei. Achei várias músicas legais que eu nem sabia que estava procurando. A brincadeira fica melhor ainda com o aplicativo DownloadHelper, com ele é só a música acabar de carregar no site que eu posso baixar no meu computador.

Nuvem 2: Viajando no Sound Cloud eu achei uma música do Los Hermanos chamada Último Romance. Fechei os olhos e imaginei os dois (Marcelo Camelo e Mallu Magalhães) nas nuvens. Percebi que mesmo os magricelos-com-cara-de-terrorista-e-pança-de-chopp e as meninas-esquisitas-que-se-vestem-de-brócolis encontram o seu par. O amor é mesmo democrático ("...tenha fé e veja coragem no amor..."). Aproveitei e enviei o trecho "E até quem me vê lendo o jornal na fila do pão, sabe que eu te encontrei" pro meu Bello.

Nuvem 3: Assisti ontem o filme Nosso Lar. Recomendo, apesar de não apresentar nada de novo pra mim. O interessante é o fato de quebrarem o tabú de tratar mais seriamente sobre vida após a morte em filmes - sem aquele clichê holywoodiano de que depois de morrer as pessoas viram anjinhos e moram nas nuvens.

Nuvem 4: Pra terminar estava aqui procurando uma receita fácil de sobremesa pra fazer amanhã para uma amiga minha que vem jantar em casa e achei o site Prato Fundo. Muito bom. Várias receitas interessantes e diferentes - mas também gostei muito do jeito que o Vitor Hugo escreve - fora as fotos que deixam a gente nas nuvens. Acabei misturando receitas de vários sites e decidindo fazer um mousse de goiabada com côco e massa de biscoito maizena. Conto depois se deu certo.

Volto em breve com mais pensamentos disconexos da minha cabeça. Talvez uma boa idéia seja escrever com mais frequência - vou pensar no assunto.

Frô.

* Em tempo: Minha cidade completa hoje 457 anos. Eu sou a maior promotora de São Paulo para os gringos. Adoro a minha cidade, com todos os problemas e surpresas. Achei essa homenangem do Jair Oliveira e gostaria de dividir com vocês.