sábado, 30 de julho de 2011

Tweet às ex-paixões



Estava eu às 5 da matina em meu Alanisonambulismo andando no campus da Universidade de Arte de Xangai que fica aqui perto de casa (estava fechado, mas passei por uma fresta na cerca) quando me deparei com a música ‘Unsent’.

Como estou passando por uma fase de superconsumir os meus sentimentos pra ver se a ressaca do pé-na-bunda passa logo, achei a idéia interessante e decidi também escrever uma carta para cada um dos meus ex amores e ex quase amores (porque, francamente, não tenho como definir cada um deles nesse momento já que os relacionamentos têm proporções diferentes com o tempo).

Claro que com a modernidade e a facilidade dos microblogs – e como vocês não tem tanto tempo assim para acompanhar toda a minha tragetória amorosa – resolvi escrever um tweet em até 140 caracteres para cada um (em ordem cronológica):

@feirante: Você foi o meu primeiro amor e eu vivi aquela coisa adolescente e cheia de drama. Será que você gostou de mim também? #duvidacruel

@napa_zn: Foi muito intenso. Você se fazia de forte, mas era carente. Sempre penso em como teria sido. Espero que esteja feliz.

@noivorock: Quase casamos. Um doce de pessoa na carcaça de um grunge. Sofri d+ quando acabou mas foi melhor assim. Éramos muito jovens.

@bonzinho: Você era o genro perfeito, mas eu queria mais. Queria alguém mais firme, mais decidido. Acho que ‘bom garoto’ não era meu estilo.

@viagraman: Mergulhei nesse amor. Você tão perdido, com tantos vícios e erros. Eu não coube na sua vida na época, mas adorei a despedida.

@dj_palhaço: Cara, você era complicado. Tantos medos, tanta proteção contra todos. Vivia no seu mundo, o qual eu nao me adaptei. #tentei

@dutchprince: Eu largaria tudo e me mudaria pra Holanda só pra viver esse amor. Era demais pra você. Se permita mais na próxima. #ficaadica

@pinguim: Foi rápido e rasteiro. Seu charme francês conquistou meu coração de expatriada. O smoking foi sacanagem. ‘Amar, cair e levantar’.

@belo: Queria ter tido chance de consertar. Era bom e descomplicado. No fundo somos parecidos. Te amo mas desamarei em breve. #foradesilusao

Ufa, que desafio. Me sinto melhor agora. Acho que vou mudar a trilha para um axé porque demorou pra eu entrar na fase “Sou praieira, sou guerreira, tô solteira, quero mais o quê!”.

#fui,

Frô.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Música de fossa



Por mais que a gente queira sair da fossa-pós-fim-de-namoro, volta e meia a gente fica se boicotando. Eu adoro ouvir música e sempre que posso estou com o meu iPod por aí. E é claro que nessa fase de adaptação após rejeição a gente sempre acaba ouvindo aquelas músicas de dor-de-cotovelo.

E eu tenho uma coleção delas. Além de escutar, eu ainda as canto dramaticamente na rua. Imagina eu dando uma de Mariah Carey cantando um rasgado "So take a look at me now, there's just an empty space", ou como a Alanis soltando "I'm here to remind you all the mess you left when you went away".

E olha que a minha seleção musical tem de tudo. E eu me pego dando replay nas Brazucas também, como aquela do Nenhum de Nós que fala "Diga a ela que que você me viu e que eu parecia muito bem, apesar de tantas noites vazias" ou O Teatro Mágico em "Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar", o Skank em "Sei que amores imperfeitos são as flores da estação", a Pitty cantando "Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se curam", e até mesmo Sandy e Júnior com "Abri os olhos, não consigo mais fechar, assisto em silêncio até o que eu não quero enxergar".

Normalmente eu escuto essas músicas com uma certa angústia e botando todas as minhas emoções pra fora, mas confesso que caí na gargalhada quando do nada tocou um Pato Fú com a "Quase". A música tem aquele jeitinho debochado do Pato Fu, mas é redondamente assertiva, tanto que essa eu faço questão de deixar um pedacinho pra vocês:

"Quase um amor, quase um caminho que me deixou quase sozinho. E apesar de ter ficado quase um ano quase morto de paixão hoje já estou quase bão".

Tá, não é engraçada, mas se pensar bem foi mais ou menos isso o que aconteceu.

Bom, fico por aqui com o meu masoquismo musical,

Frô.

domingo, 24 de julho de 2011

Eu vou te bloquear no ême-ésse-êeeeene!




Já tá doendo um pouquinho menos. Já deu até pra pensar em outras coisas e parar de ficar imaginando vingancinhas a cada 5 minutos.

Hoje à noite tava indo encontrar uma amiga e vi um careca um pouco mais adiante. Meu coração disparou - achei que era ele. Não sabia se voltava ou ia em frente. Arrumei a postura e olhei de novo, não era ele, era outro careca.

Aliás minhas amigas me deram a maior força, gente que eu nem imaginava veio me emprestar o ombro. Na sexta, assim que tudo acabou, eu estava entrando no condomínio, arrasada, quando os meus colegas de quarto apareceram. A menina, uma fofa, já desceu na moto e veio me abraçar. Chegando em casa ela fez um chá pra mim e veio me consolar.

Como diz minha mãe, tudo acontece na hora certa. Eu morando sozinha há um tempão na China e bem na semana que eu mudo pra dividir o apartamento foi quando eu mais precisei de companhia. Não sei o que seria se voltasse pra uma casa vazia.

Agora deu o maior trabalho pra bloquear o Dito em tudo quanto é espaço virtual: bloquear e-mail, skype, msn, facebook - é que eu não quero correr o risco, né? Se o meu coração disparou só de ver uma careca, imagina se eu vejo um post/scrap/comment?

Estou pensando em bloquear o número do celular também. Eu deletei do celular, mas o Dito ainda me mandou duas mensagens, apenas pra desejar que eu supere tudo logo para que possamos ser amigos. Não consigo nem pensar nisso ainda, mas já fico checando o celular toda hora pra ver se tem mensagem nova. Vou é cortar o mal pela raiz, bloquear o número na operadora assim eu não tenho como ficar esperando uma nova mensagem chegar.

Radical, mas tem que ser assim. Chega de ilusões.

Beijos,

Frô.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Eu vou tirar você e eu de nós!




Dói! A gente sempre acha que está preparada, mas quando acontece dói demais. Mais do que eu imaginava.

Ele terminou comigo hoje. E eu me senti completamente impotente. Não pude fazer nada, não tinha nada o que fazer... acabou!

Foi de repente (pelo menos pra mim). Ele não gosta mais de mim. Não posso fazer ele sentir o que ele não sente.

Acho que é sempre difícil "levar-um-pé", mas o que eu ouvi doeu demais: "se ficar com você será por pena" ou "eu gosto de você, mas não todos os dias". Sério? Foi à isso que tudo se resumiu?

Estou com uma música da Zélia Duncan na cabeça, e como diz na música "Eu vou tirar você e eu de nós", "Eu vou tirar você de mim", "Eu vou tirar as suas impressões digitais da minha pele".

Enfim, eu vou conseguir, mesmo que hoje pode parecer que vai doer pra sempre, eu seu que nunca dói pra sempre.

Frô.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Meu lado Nerd


Pra quem não sabe eu trabalho na divisão de tecnologia em uma empresa de design de espaços, principalmente para construções temporárias. Isso quer dizer que eu trabalho no mundo de eventos e no meio de um monte de Nerd.

Todos os dias eu me deparo com novidades tecnológicas e idéias inovadoras. E eu tenho me interessado mais por mundos virtuais e aparelhos eletrônicos.

Eu normalmente não fico colocando essas coisas aqui, mesmo porque eu sei que os meus muitos (6) leitores não são nerds, mas hoje eu tive que postar algo do tipo.

É que eu vi o vídeo de um aparelho chamado 'sexto sentido'. É um vídeo de fevereiro de 2009, mas parece que é de 2029. É sobre a pesquisa de um aparelho que leva o mundo virtual para o mundo real. O vídeo é impressionante, já que mostra incríveis possibilidades para o futuro desses aparelhos:


Apresentação do MIT Media Lab no TED - pesquisa do 'Sexto Sentido'


Captou? Muito bom mesmo.

Agora só pra descontrair, achei esse videozinho do Marco Luque como 'Ed, o Nerd' em um comercial para o Itaú. Engraçado.


Marco Luque em Ed, o Nerd, para Itaú


Até a próxima novidade,

Frô.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Muitas e curtas


"Ai que calooor!"

Rá, quem é vivo sempre aparece.

Com todo o alvoroço de férias + mãe na China + mudança de apartamento + tentar sobreviver ao calor de Xangai + baladinha-pq-ninguém-é-de-ferro, acabei ficando um tempão sem vir aqui.

Apesar de muita coisa acontecendo, me faltou inspiração (e tempo) pra escrever, mas tive que vir aqui para registrar o que não poderia passar em branco:

- Juntei muita coisa. Me senti parte do programa "Os acumuladores". Gente, um ano e meio de China e eu já tive que fazer mudança de caminhão - e olha que nem móveis eu tenho (salvo um puff recém adquirido). Devia ter tirado uma foto, mas a visão das caixas amontodadas na sala de estar do meu novo apê agora só está registrada na minha lembrança.

- Porque ninguém me falou que urso panda não gosta de calor? E eu voei até a Conxinchina (ou até a cidade de Chengdu, na província de Sichuan) pra ir no tal parque dos pandas e só vi os bichinhos enjaulados, aproveitando o ar condicionado, ou até dormindo em cima de pedras de gelo. #ficaadica pra quem for lá, vá na primavera ou outono.

- A que merece ser contada da viagem foi eu e minha mãe no meio do grupo de turistas chineses em um ônibus de excursão. O passeio foi uma boa, mas na volta o ônibus pára no meio da avenida e todo mundo desce. Eu meio acordada, meio dormindo desço também, achando que vamos a mais um dos incontáveis passeios, quando descubro que a viagem tinha acabado e, segundo a nossa guia, "eu podia pegar um táxi dali para o hotel". Literalmente fomos despejadas no final do passeio.

- Muitas foram as presepadas da minha mãe, como se perder até pra ir no banheiro no shopping ou pedir lanche do Mc Donald's e querer sair sem pagar. Váaaarios micos (ou pandas)?

- E eu estou na fase de readaptação do meu relacionamento com o Belo agora que ele se mudou pra Xangai e estamos pertinho um do outro. Ainda não descobri se isso é bom ou é ruim ou que-vantagem-Maria-leva, mas a vida é assim que nem futebol: uma caixinha de surpresas.

- Gente, eu ainda não quero saber qual é a do Google+. Eu já perco muito tempo com minha vida social na internet, então por favor não me mandem convites ou e-mails para o tal do Google+. Quando eu tiver afim de testar a novidade eu aviso.

Muito resumidamente, era isso que eu queria contar. Vou parando por aqui porque eu acho que ler posts muito longos deve ser super sacal.

Quando der eu volto.

Até+,

Frô.