terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O peixe morre pela boca



Sim, no Brasil! Esse apartamento que é minha cabeça está de novo em terras brazucas.

Música, sol, praia e... humpf, ainda não. Por enquanto foi trabalho, banco, chuva, transito. Mas tudo bem, quinta vou encontrar meus amigos, sábado vou pra praia e domingo tem salsa.

Por enquanto estou aproveitando os sabores da minha terra. A primeira coisa que comi quando cheguei foi um bolinho Ana Maria. Já comi queijo branco com goiabada, mortadela, feijão branco com linguiça, a famosa torta de frango da mãe, e o melhor de todos: o combo pão francês quentino, manteiga aviação e café com leite.

Se você acha que isso é uma festa dos carboidratos, espere até eu chegar na Itália! Ah, não contei, não? Dia 27 chego em Roma, depois vou para Pesaro, Bolonha e vou esquiar em Sestalo. Tá bom pra você?

Mas uma comilança coisa de cada vez, primeiro vamos passar pelo Natal em família. Festa, confraternização, pernil, bacalhau e panetone.

Mas não vou me sentir culpada, não ainda, deixo o esforço para emagrecer para o ano que vem, afinal, Janeiro é ou não é o mês internacional de começar dieta?

Vamos aproveitar por enquanto já que ano que vem vocês vão me ver menos - ou menos de mim, já que estarei mais magra e elegante.

E você? O que não pode faltar na sua comilança de fim de ano? Conta, vai...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Lista de Presentes


Como o Natal está chegando e eu ainda acredito em Papai Noel (afinal, é melhor do que acreditar em políticos), coloco aqui uma lista de presentes que quero ganhar - porque caso você não saiba, Papai Noel lê o meu blog e fala português.

Não quero nada de extravagante - ou melhor, quero sim, mas decidi não por nessa lista pois acho que o Papai Noel não está assim podeeeeendo, sabecomé, crise.

Aqui vai a listinha singela, não necessariamente me ordem de preferência:


1- Bota de Chuva fashion


Colorida e de bom gosto, pra usar pra ir trabalhar mesmo - é pra pisar na neve de Xangai, que nada mais é que um gelo sujo meio derretido. Se for difícil de encontrar bota assim no Polo Norte, pode ser uma verde Exército.


2 - Caixinha de som para iPod



Na verdade eu quero duas: um de tamanho médio, para ouvir em casa ou levar para festas. A cor eu prefiro laranja, mas se não achar, pode ser qualquer uma. Ah, o meu iPod é o Nano (não o Nano touch screen, o outro).

3 - Rímel Lacome


Eu já ouvi maravilhas desse rímel, mas euzinha mesma nunca usei porque sempre fiquei com dó do meu salariozinho e nunca comprei. Essa é para dar uma piscadela para os rapazes (eu sei, sou comprometida, mas olhar e piscar pode, não arranca pedaço). O à-prova-d'água seria ideal.

4 - Capa para Mac Book



Nem precisa ser da Apple, pode ser de barraquinha mesmo. Uma laranja ia ser legal, ou preta mesmo. Pode ser a mole ou a dura (ei, não pense bobagem). O meu é o Mac Book 13" (não é o Mac Book Pro ou Air ou Sblávis)

5 - Malhas para o frio


Me ajuda, Papai Noel, porque eu não tô acostumada a passar o Natal em pleno inverno!

Eu tenho que pensar melhor e ver o que mais eu quero ganhar do Papai Noel, então provavelmente vocês verão o post "Lista de Presentes 2 - o retorno".

Até,

Frô

domingo, 5 de dezembro de 2010

Nova amizade


Alguns dos meus amigos estão deixando Xangai. Uns pelo fim da Expo e fim do contrato de trabalho, outros pelo fim da paciência para se adaptar a cultura chinesa, outros só por saudades do país natal.

Muitos já foram, inclusive a minha melhor amiga alemã.

Por isso tenho me esforçado em fazer novos amigos. Por isso e por causa da frase "não vamos ficar juntos pra sempre" (sim, ainda estou com o eco na minha cabeça).

Mas por incrível que pareça, não é fácil para mim fazer novos amigos. Não, eu não sou tímida. Eu sou até bem falante, inteligente, interessante (e modesta). Mas eu tenho essa cara emburrada que no começo as pessoas ficam meio com o pé atrás. É normal eu ouvir das minhas amigas que elas gostam de mim agora, mas quando me conheceram não gostavam, não.

No escritório acho um pouco difícil. Gosto de todo mundo lá mas acho que as pessoas tem estilos diferentes do meu, sei lá, não encaixa. Tem uma francesa que tem quase a minha idade, mas ela é toda ligada em artes, em 'vernissage' e tals. Fui no aniversário dela na semana passada, e todos os amigos dela são franceses (e todos falavam só em Francês a noite toda - uma falta de educação comigo). E eles saem pra beber vinho. Eu gosto de vinho, mas eu sou do tipo que saio pra beber cerveja, se é que você me entende.

Mas conheci uma pessoa muito legal no Couchsurfing. Uma italiana super gente boa que chegou em Xangai há dois meses. Ela se integrou tão bem nessa terrinha de olho puxado que até impressiona. Já fez vários amigos, viajou para lugares interessantes e o mandarim dela já está melhor que o meu. Ela é descomplicada, daquele tipo que topa uma balada furada, um jantar bacana ou aqueles eventos meio 'sociais' que você 'tem que ir'.

Acredito estar nascendo uma nova amizade. É gozado ver isso, notar e sentir quando a amizade começa. É como ser espectadora da minha própria história.

Espectadora, escritora, diretora e narradora, já que eu sempre venho aqui contar pra vocês.

Um abraço sua nova amiga quase chinesa,

Frô.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Não vamos ficar juntos para sempre



Eu normalmente não sou uma pessoa ciumenta. Normalmente. Pelo menos, não mais.

Primeiro que eu tenho uma teoria: a teoria da responsabilidade sobre a fidelidade. Eu acredito que eu devo ser fiel à pessoa que está comigo, simplesmente porque essa é a base de um relacionamento. Pra mim simplesmente não faz sentido estar com alguém e sair com outras pessoas. E mesmo que às vezes eu me veja em uma situação tentadora, eu sempre penso duas vezes e me lembro do meu comprometimento com o meu companheiro - e acredito que manter esse compromisso é uma responsabilidade minha.
Seguindo essa lógica, também penso que a pessoa que está comigo deve ser responsável pela própria fidelidade. E não adianta eu querer controlar, saber onde vai ou com quem anda porque, no fundo, se ele quiser me trair ele o fará independente do que eu faça ou do quanto eu o controlo a respeito. Por isso, eu simplesmente não quero me preocupar com a fidelidade dos outros.

Apesar de tudo isso, às vezes eu sinto ciúme, afinal, sou humana. O cidadão ainda por cima tem uma ex namorada que hoje é uma super amiga dele. Ela liga pra contar como foi o final de semana e ela sempre esta entre os amigos dele para os programas de fim de semana.

Enfim, chegando ao título do post, no último final de semana o meu namorado resolveu sair de balada sozinho com um amigo. Normal, acho bom ele às vezes encontrar um amigo e sair pra beber, falar bobagem, coisa de homem. Mas acabo sentindo ciúmes. Pra tentar contornar a situação, ele me pediu para sair com as minhas amigas no sábado também, ir pra balada, porque "não vamos ficar pra sempre juntos e você precisa continuar saindo com seus amigos".

E o pior que eu concordo com ele, ele está certo. Ficamos com esse sentimento de posse e o nosso mundo gira em torno do umbigo do casal. Mas con certeza isso me deu muito o que pensar nos últimos dias.

Fico aqui ouvindo o eco da conversa dentro dessa morada que é a minha cabeça.

Volto em breve,

Frô