terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O peixe morre pela boca



Sim, no Brasil! Esse apartamento que é minha cabeça está de novo em terras brazucas.

Música, sol, praia e... humpf, ainda não. Por enquanto foi trabalho, banco, chuva, transito. Mas tudo bem, quinta vou encontrar meus amigos, sábado vou pra praia e domingo tem salsa.

Por enquanto estou aproveitando os sabores da minha terra. A primeira coisa que comi quando cheguei foi um bolinho Ana Maria. Já comi queijo branco com goiabada, mortadela, feijão branco com linguiça, a famosa torta de frango da mãe, e o melhor de todos: o combo pão francês quentino, manteiga aviação e café com leite.

Se você acha que isso é uma festa dos carboidratos, espere até eu chegar na Itália! Ah, não contei, não? Dia 27 chego em Roma, depois vou para Pesaro, Bolonha e vou esquiar em Sestalo. Tá bom pra você?

Mas uma comilança coisa de cada vez, primeiro vamos passar pelo Natal em família. Festa, confraternização, pernil, bacalhau e panetone.

Mas não vou me sentir culpada, não ainda, deixo o esforço para emagrecer para o ano que vem, afinal, Janeiro é ou não é o mês internacional de começar dieta?

Vamos aproveitar por enquanto já que ano que vem vocês vão me ver menos - ou menos de mim, já que estarei mais magra e elegante.

E você? O que não pode faltar na sua comilança de fim de ano? Conta, vai...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Lista de Presentes


Como o Natal está chegando e eu ainda acredito em Papai Noel (afinal, é melhor do que acreditar em políticos), coloco aqui uma lista de presentes que quero ganhar - porque caso você não saiba, Papai Noel lê o meu blog e fala português.

Não quero nada de extravagante - ou melhor, quero sim, mas decidi não por nessa lista pois acho que o Papai Noel não está assim podeeeeendo, sabecomé, crise.

Aqui vai a listinha singela, não necessariamente me ordem de preferência:


1- Bota de Chuva fashion


Colorida e de bom gosto, pra usar pra ir trabalhar mesmo - é pra pisar na neve de Xangai, que nada mais é que um gelo sujo meio derretido. Se for difícil de encontrar bota assim no Polo Norte, pode ser uma verde Exército.


2 - Caixinha de som para iPod



Na verdade eu quero duas: um de tamanho médio, para ouvir em casa ou levar para festas. A cor eu prefiro laranja, mas se não achar, pode ser qualquer uma. Ah, o meu iPod é o Nano (não o Nano touch screen, o outro).

3 - Rímel Lacome


Eu já ouvi maravilhas desse rímel, mas euzinha mesma nunca usei porque sempre fiquei com dó do meu salariozinho e nunca comprei. Essa é para dar uma piscadela para os rapazes (eu sei, sou comprometida, mas olhar e piscar pode, não arranca pedaço). O à-prova-d'água seria ideal.

4 - Capa para Mac Book



Nem precisa ser da Apple, pode ser de barraquinha mesmo. Uma laranja ia ser legal, ou preta mesmo. Pode ser a mole ou a dura (ei, não pense bobagem). O meu é o Mac Book 13" (não é o Mac Book Pro ou Air ou Sblávis)

5 - Malhas para o frio


Me ajuda, Papai Noel, porque eu não tô acostumada a passar o Natal em pleno inverno!

Eu tenho que pensar melhor e ver o que mais eu quero ganhar do Papai Noel, então provavelmente vocês verão o post "Lista de Presentes 2 - o retorno".

Até,

Frô

domingo, 5 de dezembro de 2010

Nova amizade


Alguns dos meus amigos estão deixando Xangai. Uns pelo fim da Expo e fim do contrato de trabalho, outros pelo fim da paciência para se adaptar a cultura chinesa, outros só por saudades do país natal.

Muitos já foram, inclusive a minha melhor amiga alemã.

Por isso tenho me esforçado em fazer novos amigos. Por isso e por causa da frase "não vamos ficar juntos pra sempre" (sim, ainda estou com o eco na minha cabeça).

Mas por incrível que pareça, não é fácil para mim fazer novos amigos. Não, eu não sou tímida. Eu sou até bem falante, inteligente, interessante (e modesta). Mas eu tenho essa cara emburrada que no começo as pessoas ficam meio com o pé atrás. É normal eu ouvir das minhas amigas que elas gostam de mim agora, mas quando me conheceram não gostavam, não.

No escritório acho um pouco difícil. Gosto de todo mundo lá mas acho que as pessoas tem estilos diferentes do meu, sei lá, não encaixa. Tem uma francesa que tem quase a minha idade, mas ela é toda ligada em artes, em 'vernissage' e tals. Fui no aniversário dela na semana passada, e todos os amigos dela são franceses (e todos falavam só em Francês a noite toda - uma falta de educação comigo). E eles saem pra beber vinho. Eu gosto de vinho, mas eu sou do tipo que saio pra beber cerveja, se é que você me entende.

Mas conheci uma pessoa muito legal no Couchsurfing. Uma italiana super gente boa que chegou em Xangai há dois meses. Ela se integrou tão bem nessa terrinha de olho puxado que até impressiona. Já fez vários amigos, viajou para lugares interessantes e o mandarim dela já está melhor que o meu. Ela é descomplicada, daquele tipo que topa uma balada furada, um jantar bacana ou aqueles eventos meio 'sociais' que você 'tem que ir'.

Acredito estar nascendo uma nova amizade. É gozado ver isso, notar e sentir quando a amizade começa. É como ser espectadora da minha própria história.

Espectadora, escritora, diretora e narradora, já que eu sempre venho aqui contar pra vocês.

Um abraço sua nova amiga quase chinesa,

Frô.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Não vamos ficar juntos para sempre



Eu normalmente não sou uma pessoa ciumenta. Normalmente. Pelo menos, não mais.

Primeiro que eu tenho uma teoria: a teoria da responsabilidade sobre a fidelidade. Eu acredito que eu devo ser fiel à pessoa que está comigo, simplesmente porque essa é a base de um relacionamento. Pra mim simplesmente não faz sentido estar com alguém e sair com outras pessoas. E mesmo que às vezes eu me veja em uma situação tentadora, eu sempre penso duas vezes e me lembro do meu comprometimento com o meu companheiro - e acredito que manter esse compromisso é uma responsabilidade minha.
Seguindo essa lógica, também penso que a pessoa que está comigo deve ser responsável pela própria fidelidade. E não adianta eu querer controlar, saber onde vai ou com quem anda porque, no fundo, se ele quiser me trair ele o fará independente do que eu faça ou do quanto eu o controlo a respeito. Por isso, eu simplesmente não quero me preocupar com a fidelidade dos outros.

Apesar de tudo isso, às vezes eu sinto ciúme, afinal, sou humana. O cidadão ainda por cima tem uma ex namorada que hoje é uma super amiga dele. Ela liga pra contar como foi o final de semana e ela sempre esta entre os amigos dele para os programas de fim de semana.

Enfim, chegando ao título do post, no último final de semana o meu namorado resolveu sair de balada sozinho com um amigo. Normal, acho bom ele às vezes encontrar um amigo e sair pra beber, falar bobagem, coisa de homem. Mas acabo sentindo ciúmes. Pra tentar contornar a situação, ele me pediu para sair com as minhas amigas no sábado também, ir pra balada, porque "não vamos ficar pra sempre juntos e você precisa continuar saindo com seus amigos".

E o pior que eu concordo com ele, ele está certo. Ficamos com esse sentimento de posse e o nosso mundo gira em torno do umbigo do casal. Mas con certeza isso me deu muito o que pensar nos últimos dias.

Fico aqui ouvindo o eco da conversa dentro dessa morada que é a minha cabeça.

Volto em breve,

Frô

domingo, 28 de novembro de 2010

Vida Moderna


Meu robozinho preferido, o Marvin do
filme "O guia do mochileiro das galaxias"


Às vezes fico impressionada com a tecnologia. É carro movido à fotosíntese, é robô de última geração, é novidade médica, e vamos evoluindo - ou deveríamos.

Hoje conversando com amigos no almoço percebi como estamos dependentes dessa modernidade. Um lembrou que antigamente sabíamos vários telefones de cor, hoje eu às vezes tenho que consultar a memória do meu celular para lembrar do meu próprio número. E quando perdemos a agenda do celular, então? Parece que nos falta um pedaço.

A internet é outro bichinho que usamos pra tudo. Notícia, cartas de amigos, compras, banco... tudo dentro da maquininha. Às vezes o Google aqui sai do ar aqui na China e eu fico sem saber o que fazer. Ontem perguntei a um amigo "Que outro site você usa quando o Google não funciona"? Eu já nem sabia mais.

Apesar da dependência e saudosismo, gosto dessa vida moderna. Gosto tanto que comprei um brinquedo novo. Agora eu jogo futebol, aprendo novos passos de dança, brinco com o meu leão de estimação, dirigo o meu carro de corrida, me exercito com o meu personal trainer e faço muitas outras coisas sem sair de casa.

Explicando, comprei o Kinect para o Xbox. Pra quem não conhece, O Kinect é um equipamento que complementa o xbox 360, é para você jogar no xbox sem nenhum controle/joystick nas mãos. Em vez de usar botões para movimentar o personagem dos jogos, com o kinect você “entra no jogo”, e para movimentar o personagem é só movimentar o seu corpo. O aparelho consegue capturar até duas pessoas.

Segue aqui uma matéria que saiu no Uol com alguns vídeos de referência que vale a pena assistir.

Eu tenho me divertido horrores e me exercitado ao mesmo tempo. E quem acha que isso é coisa de nerd e que vamos acabar nos distanciando de pessoas de verdade para ficar em casa jogando está enganado: eu tive um excelente fim de domingo com o meu namorando jogando juntos e comemorando as vitórias com beijos e carinhos.

Ah, quem quiser encomendar um desses é só falar que nóis traz um Made in China.

Volto em breve para contar novidades da minha cabeça e da minha sala de estar.

Frô

sábado, 20 de novembro de 2010

Comer, Rezar, Amar




Nossa, como o tempo voa. Já faz um tempo que não passo por aqui. E justo eu, que tenho tanto o que falar. Minha vida tá um pouco corrida aqui do outro lado do mundo.

Semana passada eu finalmente assisti o filme. Como sempre, é lógico que o livro é muuuuuito mais interessante. Mas no geral acho que valeu, é uma linda história. Estou curiosa agora pra ver como ela continua (campanha de Natal para ganhar o livro "Comprometida").

E eu por aqui também estou comendo, rezando e amando.

Comer

Meu namorado italiano vive falando em comida. Desde que ele entrou na minha vida, tenho comprado mais queijos, vinhos - e ele tem cozinhado pra mim. Uma vida boa que tem me garantindo alguns quilos a mais.
Falando nisso, fui parada no metrô por um chinesinho que me perguntou em bom inglês: "Você conhece Herbalife?". Vocês imaginam que eu quase deu um beijo nele. Minha salvação - não preciso mais trazer contrabando de diet shake para a China.
No geral como muito bem, obrigada, na China. A comida chinesa é muito boa: muita carne, porco, camarão, macarrão e arroz. Existem algumas coisas estranhas aqui e ali, mas você consegue escapar das esquisitices e viver uma vida normal. Esses dias folheando uma revista até eu fiquei surpresa com os "achados" em um artigo sobre comidas exóticas de Xangai: de placenta de veado a larva frita. Credo. Tá aqui o link da reportagem completa.

Rezar

Um pouco de lado, confesso. Antes de dormir ainda tenho o costume de fazer uma oração para entrar o clima certo, para não dormir com as energias ruins que captamos durante o dia. As vezes caio no sono durante uma oração. A oração é uma ótima ferramenta para elevar minha vibração: quando me sinto meio pra baixo, faço uma oração e me sinto melhor imediatamente. É bom também para as noites de insônia e pesadelos.
Mas as conversas sobre religiosidade com as minhas amigas continuam ativas.

Amar

Ah, isso eu tenho feito, e muito. Estou me permitindo, amando, e tem sido tudo de bom.
Mas aqui cabe um comentário extra sobre o Javier Bardem falando português - "Quequeisso - ô papai!". Pronto, falei.

Gaguega, ei sei que desapareço de vez em quando, mas não some não. Este blog pra mim é uma forma de me manter conectada com o ocidente, com o meu país, os meus amigos e tudo o que me faz falta por aqui.

Um abraço com uma promessa de que volto logo.

Frô.

sábado, 23 de outubro de 2010

Pensamento intrometido

*post escrito em 19/10 mas, por falta de tempo, só estou postando hoje.




Acordei às 4 da manhã pensando no trabalho. Como no meu último emprego eu vivia estressada, isso era mais normal. Várias vezes eu acordava de madrugada, fazia um chá, às vezes até tomava um calmantezinho e voltava à dormir.
Aqui na China isso quase nunca acontece. Hoje aconteceu.

Não vou ficar analisando ou me preocupando muito com isso, mas espero que não se repita com frequência.
Sei que estou com um monte de coisas na cabeça, mas acho que essa agonia de fim-de-feira (literalmente) tá me afetando.

Mas tenho que confessar uma coisa: não foram só os pensamentos sobre trabalho que me acordaram, mas me peguei pensando no Americano. Gente, eu tô louca? Me falem.

Eu estou super bem com o Bello, mas como essa semana ele tá em Guangzhou e eu estou trabalhando todos os dias com o Americano, deve ser normal, né? Né? Né?!?

De novo, espero que isso não se repita, porque eu estou bem aqui dentro do meu quadrado.


Frô.


P.S.: Já que me perguntaram (e eu vou aqui garantindo o leitinho das crianças), essa semana eu estou produzindo os shows do Ilê Aiyê e Baiana System. Alguém aí precisa de uma produtora cultural na China?

Nota pós-post: o Bello está aqui deitado no meu colo nesse minuto e eu rindo enquanto escrevo o post. Americano quem mesmo?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Marketing Pessoal





Saí em uma revista aqui na China. A revista se chama LifeStyle e a reportagem tem uma foto minha e perguntas sobre o meu trabalho e a minha decisão de vir pra China. É uma revista nova com pequena circulação, mas eu fiquei mó feliz com reportagem.

Conheci o pessoal da revista em um evento. Algum tempo depois eles me ligaram para agendar as fotos e entrevista.

O gozado é que eu sempre recebi críticas sobre o meu marketing pessoal. Sempre ouvi que eu não sei me vender, que eu preciso falar mais para as outras pessoas sobre o meu trabalho e minhas qualidades.

Ok, vejo que ainda tenho muito o que melhorar nessa área, e estou trabalhando nisso. Mas o que eu acho gozado é que às vezes vejo profissionais serem elogiados e até promovidos "apenas" por causa do marketing pessoal. Gente preguiçosa, que não faz o trabalho direito, que não atinge resultados e não cumpre o prometido. Gente boa de 'lábia', de se gabar. Isso me irrita. Me irrita quem não consegue ver 'além' do marketing pessoal.

Como lição de casa para todos nós, 'googlei' algumas dicas para nos ajudar a melhorar o nosso marketing pessoal (as dicas de Carlos Hilsdorf):

- Descubra o ponto mais marcante da sua personalidade e foque na “divulgação” deste seu ponto marcante;

- Vista-se de maneira a que a sua presença seja agradável aos olhos;

- Mostre o seu lado “solucionador de problemas”;

- Dedique-se a superar as expectativas das pessoas;

- Onde a maioria das pessoas fica parada por falta de recursos, IMPROVISE. Use sua criatividade;

- Construa vários networks. Dedique-se a formar diferentes redes de relacionamentos dentro e fora da empresa;

- Cultive sua ética e sua honestidade de forma inabalável. Uma atitude não ética acaba com o seu maior patrimônio – sua integridade.


Até a próxima,

Frô.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Antes de fechar as cortinas


Vista aérea de um pedacinho da Expo


Faltam 24 dias para o fim da Xangai World Expo. O fim do maior evento que eu já participei. No começo eu achava inconcebível um evento de 6 km2, mais de 200 pavilhões de países, cidades e empresas, com 6 meses de duração, por 13 horas por dia, 7 dias por semana e mais de 70 milhões de visitantes.

Você deve estar pensando porque toda essa propaganda (eu respondo - é para o leitinho das crianças). A verdade é que eu já estou sentindo os efeitos do fim. Além de não saber muito bem como vai ser a minha vida depois a Expo - apesar de eu ter um contrato pra ficar em Xangai - o problema é que os meus amigos estão começando a partir.

Hoje fiquei sabendo que um amigo vai voltar para os Estados Unidos no dia 29. Dois dias antes do fim da Expo. "Eu quero ir pra casa", disse ele. Me deu um aperto no coração. "Mas já? A Expo não acabou ainda".

Algumas das brasileiras que trabalham comigo vão embora nesse final de semana. Hoje já tava aquele clima de "estou empacotando tudo" e "vamos manter contato". Clima de adeus. Agora que tá caindo a ficha de que a Expo vai mesmo acabar.

É mais um ciclo que vai se fechando. Espero conseguir realmente manter contato com as pessoas que fizeram diferença na minha vida durante esse projeto. A gente sempre promete essas coisas e com o dia-a-dia isso vai ficando difícil.

Por enquanto vou sacudir essa saudade antecipada porque ainda tenho 24 dias de Expo pela frente, e mais 4 shows pra produzir. Fora o planejamento pra desmontagem e o "passar a régua" em vários assuntos antes de fechar 'o lojinha'.

E volta e meia passando aqui, pra colocar em caracteres o que está dentro desta morada que é a minha cabeça.

Um abraço,

Frô.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Feriado em MeiCheng



Centro de MeiCheng


De volta à civilização. Estou em Xangai, depois de dois dias no interior da China.

MeiCheng fica apenas à 3 horas de distância de Xangai e sei que não se comprara às cidades do interior meeesmo, daqueles lugares em zonas rurais, sem eletricidade ou água encanada. MeiCheng é apenas uma cidade pequena, como essas perto de São Paulo, onde as pessoas dificilmente vêem um estrangeiro e qualquer pequeno acontecimento é assunto para uma semana inteira.

A minha primeira impressão foi boa. Tinha até um pouco de trânsito no centro da cidade, alguns carros bem novos, todas as ruas pavimentadas, e vários bancos, lojas de eletrônicos, supermercados. Mas tudo tinha um ar de anos 80, de vilarejo. O Bello gasta o chinês, falando com a 'bicitaxista', a recepcionista do hotel, as garçonetes nos restaurantes: aqui realmente ia ser difícil viver com inglês e mímica, como faço em Xangai. Ainda bem que o Bello fala um pouco de chinês.

Passeamos de noite no centro de MeiCheng: restaurante super chinês, uma volta no lago, visita ao centro histórico. Tudo bem agradável. Na noite seguinte fomos para a cidade vizinha - de motorista particular já que não tem táxi na cidade e ônibus só sai da cidade em 3 horários, o último às 5 da tarde.

Fomos para Xi'yian. Uma cidade bem maiorzinha, com alguns prédios e duas baladas. Fomos a sensação do restaurante - mais até do que em MeiCheng. Juntou umas 6 garçonetes e a gerente a nossa volta, todas com risadinhas tímidas e curiosas. Eu com todo o meu conhecimento de chinês reconheci que uma perguntava de onde éramos. Um dos clientes veio nos salvar, e falando em inglês nos ajudou a fazer o pedido. Bello estava incomodado, disse que se sentia meio que em um circo, em uma jaula de um zoológico. Eu achava tudo engraçado, mas entendo passar por isso vez ou outra pode ser interessante, mas que morar em um lugar assim e passar por isso todos os dias pode ser um tanto cansativo.

Jantar encerrado, fomos dar uma volta na beira do rio cheio de luz neon (ai, esses chineses e a fascinação por neon). Nos feriados, as pessoas compram pequenos balões e soltam na beira do rio. Eu e Bello compramos o nosso também - "olha o balão, 1 real, quem vai querer" - e nos divertimos tentando soltá-lo. Um chinezinho, de uns 20 anos, veio falar com a gente, em um bom inglês. Garoto esquisito. A conversa foi engraçada. Ele dizendo que tinha uma história por trás dos balões, mas não dizia qual era ("vocês tem que assistir mais filmes sobre a história da China") e que ia pra faculdade, mas não dizia o que estudava ("é melhor do que ficar em casa jogando vídeo game"). Rendeu algumas risadas.

A noite terminou em uma das duas baladas da cidade. Também engraçado. Um bar muuuuuito anos 80, escuro, com uma dezena de chinesinhos bebendo e jogando dados. Um pequeno palco no centro era a atração, onde de tempos em tempos uma go-go-girl subia e dançava, e um cara de cabelo esquisito (os chineses são muito criativos pra cabelos) cantava.

E foi isso. Nosso motorista - muito chique isso - nos esperava do lado de fora. Voltamos para o hotel e hoje eu voltei para Xangai.

E claro, já estou aqui morrendo de saudades do Bello, que vem pra cá no sábado.

Volto em breve com mais das minhas vivências - seja em Xangai ou onde mais eu desbravar.

Um abraço,

Frô

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Criando lembranças



*Imagem do site Zetaprints



Fui presenteada à alguns dias com e-mails de amigas minhas com fotos antigas, com lembranças que me fizeram reviver vários momentos felizes ao lado delas. Pra continuar esse saudosismo, fiquei vendo outras fotos minhas, antigas, de viagens, amizades e amores.

Desliguei o computador e fui fazer mais lembranças: fui comemorar o meu aniversário. Tirei mais fotos, construí mais momentos.

Hoje eu acordei de madrugada e vim com o meu italiano Bello para MeiCheng, onde ele mora e está nesse minuto trabalhando em pleno feriado. Aqui é um pedaço de fim de mundo, mas é onde eu estou construindo mais momentos, mais lembranças.

E ele, no meio dessa viagem (que acabou demorando 6 horas ao invés de 3 já que não conseguimos passagem no trem ou em um ônibus direto), começou a perguntar do meu ex-namorado (o francês pinguim). Ele fez várias perguntas e, enquanto eu respondia, fui ficando chateada. Por mais que o pinguim esteja no passado, ele me magoou.

O Bello então parou e disse que não quer me ver chateada, que estava muito feliz por eu ter vindo pra onde o Judas perdeu as botas com ele, e que ele ia fazer o possível pra me fazer feliz. Eu encerrei a conversa dizendo que, apesar de eu já ter quebrado a cara várias vezes, continuo acreditando no amor.

Isso tudo me fez perceber que somos uma mistura de vários acontecimentos, tudo o que vivemos vai pra esse grande calderão de memórias, e tudo contribui para nossas mudanças pessoais. Que bom, que bom que vivemos coisas novas, que mudamos, que nos permitimos.
E viva todos os altos e baixos da minha vida.

Como diz o meu querido Daniel Carlomagno: "Quer me enlouquecer é dizer que viveu por viver e não valeu nem um dia sequer" (dá pra baixar o CD 'na faixa' aqui).

Fico por aqui, construindo mais lembranças nos lugares mais remotos.

Beijos,

Frô.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

3.0 primeiro na China





Parabéns pra mim! Faço 30 anos, mas continuo com um corpinho de 29.

Fiz aniversário primeiro na China, aqui na terra do futuro. Esse fuso de 11 horas às vezes ainda prega umas peças na gente. Hoje à noite tem comemorações e, apesar de ser feriado nacional aqui na China, muitos dos meus amigos não viajaram e vão comemorar essa data especial comigo.

Não vou ficar aqui pensando no que eu fiz ou devia ter feito até aqui. Não me arrependo de nenhuma escolha que fiz. Estou é ansiosa para viver os meus próximos 30 anos plenamente, onde quer que seja, com quem quer que seja.

Amigos que estão longe, saibam que apesar de não estarmos juntos para celebrar esta data, vocês estão no meu coração!

Um beijo balzaquiano,

Frô

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Rapidinhas





Madrugada, véspera de feriado na China e eu aqui com várias coisas na minha cabeça. Passo aqui rapidamente pra contar pra vocês:

- Vestido: comprei um vestido liiindo para a minha festa de aniversário no sábado. Como eu vou celebrar 3.0 apenas uma vez na vida, me permitirei ficar parecida com uma diva.

- Mandarin: Quem mesmo que falou que era só me mudar pra cá que eu pouco tempo eu ia aprender mandarim apenas com a convivência com os chineses? Tenho aulas de mandarim 3 vezes por semana e estou fritando os meus neurônios! Saio das aulas esgotada. Mas estou começando a formar as minhas primeiras frases - mesmo que ainda ninguém me entenda, já que a minha pronúncia é horrível.

- Amor: tô igual adolescente, curtindo o meu italiano. Ele é super romântico, divertido e carinhoso. Sempre me manda mensagens, e-mails com músicas e poemas, recadinhos... um fofo.

- Fazenda: às vezes fico feliz por não ter acesso à TV brasileira aqui na China. Vi a lista dos participantes da nova edição de "A Fazenda". Conseguiram colocar na mesma casa figuras como Sérgio Malandro, Mulher Melancia, Titia Monique e a 'empresária' Geisy Arruda. Notícia da primeira página do portal Terra: "Sérgio Malandro belisca a bunda de Mulher Melancia". Não dá pra passar batido a minha indignação pela banalidade na TV! Fora "A Fazenda"!

- Destinos ligados: filme ma-ra-vi-lho-so! Chorei muito. Uma linda história sobre relações entre mães e filhas. Sobre esperança e destino. Recomendo. Tem uma descrição do filme aqui no site e-pipoca.

Essas são apenas pequenas atualizações pra não deixar vocês de fora do que acontece aqui na minha cabeça.

Volto em breve.

Beijinhos,

Frô.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Global e apaixonante





Gente, a Bia do blog Mulheres Apaixonantes me convidou pra escrever lá, para contar essa minha história de aventureira.

Me inspirei e escrevi um texto que acho que retrata bem a minha experiência:

"[...] Eu sempre tive uma força dentro de mim que me empurrava pra frente. Um bichinho curioso e que não sossega, que não estaciona. Um ser em transformação, mas sempre com a mesma essência [...]"

Ficou curioso pra ler o resto? Passa lá: http://mapaixonantes.blogspot.com

Beijos,

Frô.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Asunha





Post expresso pra falar de um problema do meu cotidiano: asunha.

Eu tenho o maior cuidado com as minhas unhas. Sempre vou em manicure aqui na China e há algum tempo eu tenho adotado o vermelho, superando um trauma do passado (relatado aqui).

Acho lindo mulher com mão bem tratada.

O problema é que a porcaria do esmalte sempre descasca. Faço as unhas em um dia e no outro já ta tudo ferrado nas pontas, um saco. Até parece que eu todo dia vou lavar roupa no rio.

Esse problema tem solução?

Fica aqui esse post-desabafo pra compartilhar com vocês essa questão aqui da minha cabeça.


Frô.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Colírios

Tenho visto vários posts sobre homens bonitos por aí nessa blogosfera terrestre. Fora os e-mails que recebo das amilgas dividindo fotos deliciosas das celebridades.

Resolvi colocar aqui também as minhas preferências, afinal, vocês vieram aqui para conhecer o que tem dentro dessa casa que é a minha cabeça. Aqui vai a lista dos top 5, em ordem de preferência:

1 - Hugh Jackman




Número 1 e absoluto. Hugh é o máximo dos máximos. Um parque de diversões, um delírio. Eu sempre o achei charmoso. Aquele sorrisinho de lado, aquele cabelo despenteado, aquele corpo... ai,ai. Mas desde Wolverine - ou melhor, da cena que ele corre pelado - que o Hugh pulou para o primeiro lugar. E com a dancinha no Oscar ele garantiu a permanência.

2 - Gerard Buttler





Macho. Gerard Buttler é o típico homem estilo cafa que me atrai. Não gosto de cafa, aliás, 'cafas: me errem'. Mas eu gosto desse estilo, do ar de sedutor. Fala a verdade, você não cairia na conversa de um tipo desse?

3 - Javier Bardem






Quem não babou no Juan Antonio de 'Vicky, Cristina, Barcelona' levanta a mão! Fala sério, imagina esse cara nasintimidadi, mano, loucura, loucura, loucura. Eu ainda tô morrendo de curiosidade para vê-lo como o brasileiro Felipe em 'Comer, Rezar, Amar' (alguém me manda um link pra eu baixar o filme, pofavô!). Tudibão!

4 - Rodrigo Lombardi





Tinha que ter brazuca aqui na lista, né? O Rodrigo é lindo, gostoso, charmoso... um sonho. E eu vi ele de pertinho, em um shopping em São Paulo. Tá na lista, lugar garantido.

5 - Brad Pitt






Quem é rei nunca perde a magestade. Brad não envelhece. Brad só melhora com o tempo. Ele tá sempre lindo, como pode? O que ele faz? Tá aqui, claro.


Colírio extra: Sérgio Marone





Esse é pra quem curtiu os top 5 mas ainda ficou querendo mais. Eu acho que o Sérgio tem uma cara de menino, e eu prefiro homem com cara de homem, mas eu gosto taaaanto dele. Acho ele um fofo, desde que ele fez aquele cara meio hippie na novela que a Sandy participou (lembra?). Resolvi colocar ele aqui nos extras.


E quem não pode faltar na sua lista de colírios? Comente aí que eu tô curiosa,

Frô.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

De Hangzhou a Passo Fundo



Hangzhou/China


Sim, o final de semana foi tudo aquilo que eu tava esperando mesmo. Muito mais, na verdade.

A cidade é muito bonita, principalmente vista do Leifeng Pagoda, no 'West Lake' . Claro que o melhor da cidade era o italiano - um fofo. Ele foi me buscar na estação de trem segurando uma placa com a frase "bella forte como un fiore". Fora que ficamos em um hotel maravilhoso.

Aproveitei tanto que acabei perdendo o trem pra voltar, mas cheguei em Xangai a tempo para o show do Yamandú Costa na Expo. Adorei ele e os músicos. Além de talentosíssimos, são todos muito simpáticos e bem humorados. Ri muito das piadas com sotaque gaúcho que eles contavam.

Ainda tem mais pela frente: mês que vem produzo o Ilê Ayê por aqui.

Pelo jeito ainda vou ter muito o que contar pra vocês.

Volto em breve.

Beijins,

Frô.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Bella





Hoje recebi um e-mail fofo, do meu italiano preferido. Um e-mail super romântico, dizendo que ele não consiguia parar de cantar a música Bella, do Jovanotti, desde que me conheceu. E eu aqui, com a música no repeat e com um sorriso tão grande que mal cabe no rosto.

No e-mail tinha um convite para que eu o fosse visitar Hangzhou, onde ele está morando, e passar o final de semana com ele. Fora várias outras coisas deliciosas de se ler.

O que eu fiz? Saí correndo e fui comprar a passagem de trem... claro!

Vou me jogar, de novo, me deixar apaixonar, viver mais um pouco dessa montanha russa emocional que são os relacionamentos amorosos. Não quero nada morno, nada de 'viver por viver'. Quero intensidade, emoção. E em italiano - tem coisa melhor do que ouvir elogios no pé do ouvido em italiano? Tenho um fraco por idiomas, e ele ainda me elogia em Inglês, Chinês e Bósnio!

Deixo aqui o link que ele me passou do vídeo da música.

Vou voltar depois pra contar como foi.

Un bacio a tutti,

Frô

domingo, 5 de setembro de 2010

Samba de olho puxado





Notícias da terra do samba. Sim, tem samba aqui na terra do sol nascente.

Estou trabalhando na produção dos shows do Carlinhos de Jesus aqui na China. Ele, junto com uma companhia de dança que soma 40 pessoas, está aqui na Expo para as comemorações do dia da independêcia do Brasil.

Meu trabalho é cuidar para que tudo dê certo. E tem que coordenar tudo direitinho mesmo, porque aqui circula informação em português, chinês, inglês e alemão dentro da equipe. Santo Google Translation.

Quando o show começa eu fico mais tranquila: tudo tá dando certo. Então eu vou pra galera, no meio da chinezada, e debaixo desse sol de 40 graus de Xangai, e me jogo no samba. O engraçado é que normalmente os chineses me param para tirar foto comigo, quando eu começo a sambar então... forma fila, haha.

Ontem o Carlinhos deu uma aula de samba pra uma companhia de dança chinesa. Convidamos a imprensa, que apareceu em peso, para filmar os chineses dançando miudinho. Teve performance de dança chinesa, um show de dança da equipe do Carlinhos e tudo acabou com confete, serpentina e um grande baile de carnaval - um verdadeiro pa-tro-pi. E eu no meio, tomando cerveja e sambando. E ainda me pagam pra isso.

Tinha samba também estava na trilha sonora do vídeo institucional da minha empresa, onde eu apareço apresentando o projeto do pavilhão do Brasil. Fiquei mó orgulhada do meu trabalho!

Dia 7 de setembro vai ter um show especial e eu vou estar na labuta... e no samba.

Bom, fico por aqui, trabalhando e sambando.

Até,

Frô.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Toda forma de amor



"Lá na China 1 bilhão, fazem. Façamos, vamos amar."


Como diria um amigo meu: "Love is in the air.. evirow ial bisauuuu!"

Minha amiga alemã está apaixonada. Ela conheceu um britânico super gente fina, que estava de passagem aqui em Xangai. O cara tá viajando o mundo e tava a caminho da Mongólia, mas também se apaixonou por ela e ficou. Ela tá parecendo uma adolescente, com um sorriso de orelha a orelha o dia inteiro, com as mãos suadas, e até já mudou o status do facebook (que eu posso ve-er!). Os dois estão super namorando. Fofos. Fico feliz por ela.

Hoje recebi notícias da minha amiga que morou comigo aqui na China. Também a-pa-i-xo-na-da. Veio trabalhar aqui na terra do olho puxado, trombou um carioca e não largou. Tão juntos que nem ponte aérea separa.

E eu tô ainda de olho no Americano (acho que não sai coelho desse mato!), mas no meio tempo, conheci um italiano que também está me encantando. Estamos nos conhecendo, nada de paixão ainda, mas tô curtindo.

Antes de postar estas fofocas de fifi aqui, eu dei uma visitada em outros espaços dessa blogosfera terrestre. Vi mais amor por aí. Vi uma declaração de amor super honesta e original da Crystal pro namorado dela. Vou colocar um trecho sem autorização aqui:

"[...] Prometo não implicar com as bainhas da sua calça, prometo ouvir com atenção as músicas que me manda, e prometo amar e cuidar de todas as plantinhas que você me dá. Prometo dividir minha comida com você, mesmo odiando fazer isso.

Prometo te dar toda atenção que merece quando fala de assuntos que não faço a mínima idéia do que seja.

Prometo não virar uma gorda descabelada e manter a depilação em dia [...]"
. E por aí vai. Vale a pena ler o texto completo.

Passei no 3x30, que tá cheio de histórias de amor, mesmo que algumas sem final feliz, mas tá todo mundo amando.

A Mulher Polvo nem posta mais, de tanto amor.

Tem até amores esquisitos. Eu achei esse blog aqui dedicado a axilas femininas cabeludas. Falaserioooo.

Você aí, vai amar também!!! E volte aqui pra contar.

Beijos,

Frô.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A cor do trabalho

"Eu também tenho um sonho, igual ao de Martin Luther King..." (Wilson Simoninha)

Eu sempre evitei de escrever sobre este tema, mas aqui estou. É claro que racismo existe. Eu é que nunca quis deixar que ele atrapalhasse a minha vida, principalmente a minha carreira.

Sou uma executiva. Notem que eu não escrevi "Sou uma executiva negra", porque pra mim a cor da pele não é uma coisa que deveria constar nessa frase, mas, apenas pra constar, sou negra.

Acho o cúmulo gente que se faz de vítima e usa como desculpa o "não consegui porque sou negro (ou amarelo, ou cor de abóbora com bolinhas verdes)". Nunca nada veio fácil pra mim e acho que fiz um bom trabalho me posicionando como uma executiva na área de eventos, não é à toa que estou em uma posição importante, representando o meu país no maior evento do mundo: a World Expo (plim-plim, propaganda de novo, haha).

Então porque estou pensando nisso agora? Li um artigo hoje que me deixou encucada. Um executivo da área de propaganda ouviu a seguinte pergunta de um cliente: "Você é o melhor no que você faz ou você é o melhor negro no que você faz?". Vale passar no blog dele pra ler todo o post (link: http://adage.com/smallagency/post?article_id=145601), mas basicamente ele discursa sobre como buscar sempre o melhor de si independente da cor da pele.

O fato é que eu já estava com várias dúvidas na cabeça hoje e esse texto, e mais uma das centenas de 'conversas sobre o futuro' com o meu chefe, me sacudiram as idéias.

Eu tinha ainda um pequeno receio do que vai acontecer depois da Expo, que termina em Outubro. Meu receio - por incrível que pareça, já que nunca deixei esse papo de racismo me atingir - é que eu sou uma negra lutando por espaço no mercado chinês. Ou melhor, uma "mulher, negra, jovem, vinda de um país do terceiro mundo conhecido por suas mulheres bonitas que dançam samba".

E quer saber o que eu acho disso? Eu vou peitar. Vou tentar sim! Sou brasileira e não desisto nunca.. haha.

Acho que foi isso que inconscientemente sempre me impediu de me matricular em uma aula de mandarim, mas depois do ultimato de hoje (e do meu chefe concordar em pagar metade do custo das aulas), vim aqui escrever este post e já estou de saída para me matricular na escola de chinês.

E claro, depois volto aqui e conto procêis.

Frô.

P.S.: mãe, pra você que está recebendo essa notícia em primeira mão pelo blog, a idéia é que eu fique por aqui mais um tempo. Um ou dois anos, ou até eu receber uma proposta melhor. Vou começar a trabalhar em projetos para a Expo 2012, na Coréia. Seguuuura essa mulher!!! Rs.

P.S.2: o meu segredo para acessar o blogger não está funcionando hoje. Estou usando o segredo n#2, por isso não consigo inserir imagens ou formatar texto, mas volto depois para arrumar tudo.

domingo, 22 de agosto de 2010

Diversão: solução sim!


* tira do blog Mulher de 30


Essa tira mostra um pouco do que eu tenho sentido ultimamente: "tédio".

Que coisa, justo eu, pegar "tédio" (sim, é doença e tem cura!). Sei que não me empolgo facilmente com as coisas, inclusive tenho que melhorar nisso, mas nunca me considerei uma pessoa entediada. Porém recentemente não tenho achado muita graça nas coisas.

Esse final de semana foi diferente. Fui a uma balada no sábado ver um amigo dar uma de rapper. Balada normal, nem tava cheia, mas tinha uma energia incrível. Passei a noite em conversas agradáveis com os meus amigos e, durante a performance de rap, vi todos na pista de dança interagir com o meu amigo. Todos se divertindo.

Como essa balada fica ao lado de outra também legal, fui com um amigo lá dar uma espiada. Mesmo estando claramente mais cheia, o clima era outro: o público parecia um bando de zumbis, meio que se balançando ao som da música. Que diferença!

Agora acabei de vir de uma outra festa. Essa foi em uma balada em um antigo farol. Um prédio super bacana, na margem do rio aqui de Shanghai, uma vista incrível e de novo um bom papo com gente interessante. Apesar das pessoas não estarem se acabando na pista de dança, estava todo mundo tendo uma noite agradável.

Percebi que se por um acaso eu peguei essa tal doença "tédio", esse final de semana eu estava totalmente curada. Acho que a diferença foi que, além da minha pré disposição de me divertir, eu estava na compania de amigos e os ambientes eram favoráveis. Tudo funcionou.

Vou ficar mais atenta e me proteger contra essa doença chata, porque eu não quero ser mais um desses zumbis de balada. E claro que vou sempre dar uma paradinha em toda essa diversão pra passar aqui e contar tudo pra vocês.

Um abraço,

Frô

sábado, 21 de agosto de 2010

A linguagem do sorriso

Sorriso melhora a vida. Você já percebeu como temos o poder de mudar o dia de uma pessoa apenas com o sorriso?


Tudo fica melhor, fica mais leve. Mas o que vemos diariamente é gente carrancuda nas ruas, no escritório, no metrô.


Um amigo comentou que na cidade dele as pessoas ficam carrancudas no metrô para não dar bandeira de que estão distraídas ou são turistas para não serem assaltadas. Não é o cúmulo?


Eu acho que é o contrário: você sorri, atria energia boa, cria uma barreira de proteção em volta de você, uma aura, e afasta todas as coisas ruins.


Hoje eu fui a um restaurante almoçar. O serviço era bom, mas o mesmo de qualquer outro restaurante. Porém, a garçonete me pareceu prestativa, atenciosa. Pensando bem agora, a única diferença é que ela estava sorrindo. Mudou a minha percepção de todo o restaurante, mudou o clima, melhorou a minha refeição: e foi só um sorriso.


Muita gente me pergunta como eu me viro aqui na China sem falar mandarim. No meu bairro é raro achar alguém que fale inglês, então minha única forma de comunicação é o sorriso. E funciona!


Fora que está comprovado científicamente que o sorriso traz diversos benefícios para a saúde.


Faça o teste também: sorria para o porteiro, para o lixeiro, para o motorista do ônibus, para o atendente da lanchonete… até para o seu chefe. Depois volte aqui e me conte como foi.


Um abraço e um sorriso,


Frô


domingo, 15 de agosto de 2010

O prato do dia




Música "O prato do dia", d'O Teatro Mágico. Quem me conhece sabe o que essa música representa pra mim.

Um amor vivido intensamente. Uma explosão. Muita química: "a perfeita combinação, soma de duas metades".

Me identifiquei com a história da música. Um amor sofrido, de seres tão diferentes, porém complementares. "Como arroz e feijão". Sofri com a distância, como na música, quando os personagens "só se encontram depois de abandonar a embalagem".

Apesar de tudo lembro dessa história com muito carinho. Desde então tenho uma imagem na minha cabeça: yin e yang, só que de arroz e feijão. A perfeita combinação. Essa imagem do topo deste post ficou martelando tanto na minha cachola que eu quase fiz uma tattoo.

Antes dessa atitude tão... permanente, resolvi testar na minha parede primeiro. Amilgos e amilgas, o que vocês estão vendo é uma foto da parede da minha sala de jantar. Um adesivo do que eu carregava dentro de mim, e agora virou realidade. E só o São Google Translator pra que eu pudesse fazer o designer chinês ler a minha mente.

Eu gostei. Parece que eu tirei um peso da minha cabeça.

E eu fico por aqui, na China, seguindo, vivendo e amando - sempre!

Beijos,

Frô.

Nota do Editor:
Estou feliz por estar de volta no blogger! Descobri um meio de burlar a censura chinesa. Passei todos os posts do extinto morandonacabeca.typepad.com pra cá. Ainda falta importar os comentários e colocars os marcadores, mas já estou positiva e operante aqui deste apartamento de vista para o mar que é a minha cabeça. De volta ao começo. De volta ao blogger.

A terra do bambú


* Postado originalmente em 10/08/2010 no morandonacabeca.typepad.com

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Moganshan. Mais conhecida como a "terra do bambú".

Esta é uma cidade que fica à 3 horas de Xangai. É onde eu estive no fim de semana passado para descansar... ou tentar descansar.

Fui com a minha amiga alemã. A pequena pousada que escolhemos tinha um excelente serviço de van que nos buscou em Xangai - o que nos salvou de um desgaste de ter que pegar trem+ônibus+táxi para chegar lá.

A pousada era uma graça: simples e aconchegante. Todos os funcionários eram super simpáticos e alguns até falavam inglês.

Quem também nos recepcionou foi um bando de cigarras. Super cigarras, do tamanho de uma bola de tênis. Elas voavam aleatóriamente, batiam nas paredes e caíam no chão. Enquanto eu estava horrorizada com o tamanho e o barulho dos bichos, a cachorra da pousada adorava, andando de lado a lado em busca dos insetos no chão que serviam muito bem como um delicioso - e crocante - petisco antes do jantar. Se você achou nojento, saiba que cigarra frita é um prato típico em Moganshan.

A cidade é um atrativo turístico pelas belas paisagens e pelas trilhas para mountainbiking.

Acordo depois de uma boa noite de sono e aprecio a vista do lugar: muito verde e muito... bambú. A vista fica melhor ainda quando chego à mesa do café da manhã. Sim, os pãezinhos eram bonitinhos, mas mais bonitos ainda eram os homens que estavam hospedados na pousada - esses sim verdadeiros pães. Todos lindos e malhados, com roupas justas de ciclista e pele bronzeada de sol.

Eu embarco na aventura e alugo uma bike. Isso vindo de alguém que só faz exercícios quando tenta comer macarrão usando pauzinhos ou quando arrasta as poltronas no foyer do prédio para tomar um café no meio da tarde.

Não consegui acompanhar o grupo. Apanhei pra aprender a usar as marchas da bicicleta, apesar do meu instrutor ser um amor - um coreano que não falava "r", igual ao Cebolinha -, mas que não falava inglês direito e me dava instruções confusas. Acabei pegando um atalho com ele e chegando ao lago antes de todo mundo. Um lago lindo e com água refrescante.

Voltei pedalando, mas passei mal. Muito calor, quase 40 graus. Aproveitei a tarde para descansar e a noite para fazer mais esportes: levantar copos de cerveja. O álcool não me ajudou muito no jogo de scrabble com os franceses (ou será que me distraía quando olhava para o peitoral deles?).

Na manhã seguinte minha amiga decidiu pedalar morro acima naquele sol escaldante. Eu prefiri fazer outra coisa. Perguntei na recepção o que tinha pra fazer. "Andar de bicicleta, fazer trilhas, pescar ou colher folhas de chá" foi a resposta. Não demorou para eu juntar um grupo de hóspedes, que também não estava afim de fazer nenhuma dessas coisas, para alugar uma van e ir nadar no lago.

Foi um final de semana bem gostoso. Vou procurar outros destinos de esportes radicais para passar meus finais de semana - uma oportunidade para eu estar mais em contato com as belezas naturais (principalmente as do universo masculino).

Um abraço,

Frô


O filme, o livro e a exposição de arte


* Postado originalmente em 24/07/2010 no morandonacabeca.typepad.com


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Notícias da China. Ou melhor, de dentro da minha cabeça, que é na verdade sem fronteiras e não está limitada apenas aqui no continente asiático - muito pelo contrário, minha mente é viajante, muito mais do que eu.

Hoje eu publico um post triplo tratando de assuntos distintos, mas nem tanto:

O filme: Este é um filme muito esperado. O lançamento está previsto para 13 de Agosto nos Estados Unidos e para 01 de Outubro no Brasil - e ainda sem data marcada para estrear na China, mas com certeza eu já vou ter visto DVD pirata antes da estréia, de tão ansiosa que estou para assistir. Estou falando do "Comer, Rezar, Amar". O filme é uma versão do livro de mesmo nome da autora Elizabeth Gilbert. Eu estou lendo o livro no momento e adorando. Trata-se da história de uma mulher que, após um doloroso divórcio, decide passar um ano viajando pelos três "I's"- Itália, Índia e Indonésia - em busca de si mesma, e passando pelas experiências citadas no título: comer, rezar e amar. O livro é uma delícia e é impossível não se identificar com a personagem - na verdade é uma história real, a mulher que se divorcia é a própria Elizabeth, que no cinema vai ser vivida pela Julia Roberts. O filme ainda conta com a participação do meu mais novo ator favorido: Javier Bardem (vocês assistiram "Vicky, Christina, Barcelona"? Ai, ai). Bom, ao invés de ficar lendo sobre o filme, melhor mesmo é assistir o trailer (clique aqui).

O livro: Um dos livros mais polêmicos que já vi. Estou curiosa, mas não sei nem se eu chegaria a lê-lo de tão controvérsio que é. O nome do livro é "Shanghai Girls: Unscensored and Unsentimental" que em português é algo como "Garotas de Xangai: sem censura e sem sentimentos". Li uma entrevista com a autora, Lan Lan, em uma revista aqui da China. O livro é simplesmente um guia para "escaladoras sociais", ou seja, mulheres que se casam somente por interesse, buscando melhorar de vida e dar o golpe do baú. Conversando com várias pessoas aqui na China percebi que esse tipo de comportamento é quase que unânime entre as Xangainesas - pode ser que uma ou outra escape, mas existe um traço cultural muito forte entre as mulheres locais que é sim fácil de se notar: a clara percepção que elas estão sempre atrás de um marido rico. No livro, as lições para se alcançar esses objetivos são bem diretas, como "fique grávida", ou "arranje um primeiro marido temporário, não tão rico, para que você suba aos poucos os degrais da sociedade", ou "tente ganhar o máximo de jóias possíveis, finjindo entrar em joalherias por acaso quando você já escolheu o seu presente previamente", ou ainda "consiga o que você quer dos homens com sexo, eles são fáceis de se ludibriar". Chocante, não? É claro que a crítica está acabando com a autora (nem tudo está perdido!). Discutindo o tema com amigas, realmente não acho que uma mulher que se casa só por interesse seja feliz e acho muito fútil fazer disso o seu grande objetivo de vida. Mais detalhes aqui e aqui.


A
exposição de arte: Fui esses dias a uma um museu aqui em Xangai para abertura de uma exposição sobre arte contemporânea da Indonésia. Não sou tão chegada a museus. As obras eram interessantes, mas nenhuma despertou muito a minha atenção. E durante o (looooongo) discurso de abertura reparei nas pessoas a minha volta e realmente não acho que me encaixo muito neste meio. O que sobrou de interessante da noite foi uma pessoa que conheci, um artista alemão que está aqui a trabalho. Após uma instalação que ele fez no pavilhão da Alemanha, ele está continuando um de seus projetos pessoais: o "amigo grátis". Trata-se de uma instalação por uma semana em um imóvei comercial vazio qualquer em uma rua agitada de Xangai. Dentro do imóvel, ou "loja" como o artista chama, teria somente um número de telefone em um dos cantos, com a frase "amigo grátis". Ele quer estudar a reação das pessoas que ligam para o número e, como já aconteceu com a mesma experiência realizada por ele em cidades da Russia e da Espanha, filmar os encontros com essas pessoas que procuram desesperadamente por um amigo, mesmo que seja esse ilustre desconhecido. Esse é um passo a mais do que o já famoso movimento do "abraço grátis". Interessante, porém, pra mim soa um pouco triste saber que tantas pessoas em diferentes partes do mundo precisam desesperadamente de um amigo a ponto de ligar para o número de um completo desconhecido. Quanta solidão. Prefiro dar boas gargalhadas com minhas amilgas.

Por hora esses são meus pensamentos. Voltarei em breve com mais notícias fresquinhas aqui da terra... dos meus neurônios.

Frô.


Uma questão de curvas


* Postado originalmente em 19/07/2010 no morandonacabeca.typepad.com


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Essa foto ficou na minha cabeça esse final de semana. Saiu nas manchetes de vários sites, inclusive no do NY Times. Ela é o ponto final de uma discussão sobre "Será que a Crystal Renn emagreceu? Ela não devia ter feito isso". Explicando rapidamente a Crystal Renn é uma modelo GG. Ela, como o seu manequim 42/44, é considerada uma modelo gordinha e tem feito muito sucesso, posando para a capa de revistas como Vogue e Elle e até desfilando para a Chanel e Jean Paul Gaultier.


Crystal começou a carreira de modelo com 14 anos e ouviu de muitos agentes que ela precisaria perder muitos quilos. Ela então ficou obcecada por perder peso e acabou doente, com anorexia. Após ter se curado da doença e voltar a um peso saudável, ela aceitou o seu corpo, virou modelo "gordinha" e escreveu um livro sobre a sua história. Com tudo isso ela virou exemplo de auto-estima e luta contra a ditadura da magreza no mundo da moda.

Primeiro: vamos combinar que uma mulher de manequim 42 não é obesa, mas entendo que é difícil ser uma modelo de sucesso com esse peso. Mas o que mais me deixou grilada é como ela foi criticada por supostamente ter perdido peso (a foto acima, à esquerda, mostra Crystal sem 'retoques' e, à direita, mostra uma foto do mesmo ensaio depois de publicada), ou pior, de tanta gente dar tanta importância ao peso dela. Ou de qualquer outra pessoa. Todo dia tem uma notícia de alguma celebridade que está "muito gorda" ou "muito magra" ou saiu numa foto que apareceu a celulite. Esses sim sãos os verdadeiros vigilantes do peso.

Aqui na China quase não se vê pessoas com sobrepeso, principalmente entre as mulheres jovens. E se você perguntar pra qualquer chinesa magricela se ela quer perder peso, você com certeza vai ouvir um "sim".

Outro dia eu e minha amiga européia estávamos caminhando e ela disse que gostaria de ter as pernas como as da garota à nossa frente. Haviam duas garotas: uma devia ser manequim 36 ou menor - e com pernas super finas - , a outra, 40 - com as pernas até que bonitas, mas não tinha as coxas grossas como nós, latinas. Para o meu espanto, a minha amiga se referia às pernas da mais magra. Sério, eram cambitos. As pernas finas dentro do short pareciam dois badalos dentro de sinos. A minha amiga me contou que ela sempre teve vergonha das pernas e ouvia até dos pais que elas eram feias porque eram grossas, com a expressão "pelo menos são retas". Aquilo a deixou traumatizada até hoje, já uma mulher adulta.

Isso não é um pouco demais?

Não vou chegar a nenhuma conclusão nesse post, mas deixo aqui uma frase da Crystal quando ela teve que esclarecer em uma entrevista que todos podiam ficar tranquilos porque ela não tinha perdido peso (acreditam?):


"Hoje, você pode ver um desfile com várias modelos de manequim 34, e talvez uma mais gordinha - isso significa que você realmente prestou atenção no peso da modelo. Bem, imagine um desfile com modelos de biotipos diferentes: baixas, altas, negras, brancas, asiáticas, todas juntas. Você só verá mulheres bonitas. Não haverá mais discussões sobre peso. Acabou. Essa é a minha visão para a indústria da moda. Talvez você diga que é um sonho muito grande, mas eu não ligo. Eu tenho que acreditar que o que eu digo é importante."

É isso. Vou indo. Já está tarde e eu vou colocar meu corpo cheio de curvas na cama.

Beijos,

Frô.

Mulher Apaixonante

* Postado originalmente em 17/07/2010 no morandonacabeca.typepad.com

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Com a correria do dia a dia, trabalho, chefe, contas pra pagar e outras coisas chatas que acontecem nas nossas vidas, muitas vezes nos esquecemos da arte da conquista. Acho importante nos esforçamos para não nos deixarmos no piloto-automático e marcar presença, se fazer notar.


Seduzir é importante. Seja você solteira, casada ou enrolada. Por experiências pessoais, filmes e textos que passaram por mim quando mais precisava - principalmente do grupo "Mulheres Apaixonantes" (que agora é um blog e você pode checar todas as dicas para se tornar uma mulher apaixonante aqui) - coloquei abaixo alguns pontos principais como um mini guia para o dia a dia:

- Pare de reclamar - esse é o primeiro passo, e pra mim, o mais importante. Não existe um maior repelente de gente do que reclamação. Não dá pra ser uma mulher apaixonante e reclamona, não combina. Antes de falar qualquer coisa, pense se é uma coisa positiva.

- Tome cuidado com suas amizades -
o ditado é verdadeiro: "diga-me com quem andas...". Gente negativa atrai coisa ruim. Agora que você já parou de reclamar, analise as pessoas que estão a sua volta. Não falo pra ignorar aquele seu amigo que está passando por uma fase difícil, estou falando daquelas pessoas que estão sempre carrancudas, pra baixo. Mulheres apaixonantes estão cercadas por pessoas apaixonantes.

- Se ame e se cuide - se arrume mesmo que seja pra comprar pão. Nada de sair de casa de moletom, a não ser que você vá pra academia. 5 minutos a mais se arrumando vai fazer diferença no seu dia inteiro. Não precisa ser nada exagerado ou sexy - apenas saia arrumada. Um perfume e um batom irão finalizar o look.

- Faça GOLS - Gire os Ombros, Levante a cabeça e Sorria! Postura e sorriso, isso sim é uma excelente combinação. Faça um teste, simplesmente caminhando na rua. Faça GOLS e observe como as pessoas te olharão de maneira diferente.

- Olhar conquistador - o olhar de "eu quero você" é tiro e queda. E funciona mesmo. Olhe fixamente para os olhos da pessoa que quer conquistar e pense "Eu quero você". Pense e diga com os olhos.

- Entenda as diferenças - muitos livros já foram vendidos sobre o assunto. Homens e Mulheres são diferentes e ponto. Entender isso já é meio caminho andado. Um amigo me falou que a namorada dele tentou fazer ele ler o livro "Homens são de Marte e Mulheres são de Vênus" para 'ajudar na relação' e ele largou o livro pela metade. E eu perguntei: 'Ela leu o livro antes de te pedir pra ler?'. Erro clássico. Ler livros para ajudar no relacionamento não é algo que os homens gostam de fazer! E por aí vai, vale ler aqui um trecho do livro "Homens Fazem Sexo e as Mulheres fazem Amor?".

Existem muitas outras dicas, mas o importante mesmo é lembrar que é preciso conquistar todos os dias. Todos os dias. TODOS OS DIAS. E isso se aplica não só em relacionamento homem-mulher, mas com seus amigos, colegas de trabalho, chefes, clientes... para melhores resultados, conquiste todos eles todos os dias.

Com certeza terei mais em breve sobre o assunto.

Beijos,
Frô.

Farejando emoções

* Postado originalmente em 10/07/2010 no morandonacabeca.typepad.com

Já fui e já voltei. Cheguei do Brasil há dois dias e já a todo vapor aqui em Xangai.

A viagem foi ótima, pude ver amigos, família, sair, curtir, comer e torcer. Saí de balada em Sampa, assisti o jogo do Brasil X Chile (o único jogo que prestou na Copa) lá na Vila Madalena, fui em festa junina, assisti ao show do Max e Simoninha, visitei parentes e comi o que eu estava com vontade: doce de leite, manteiga Aviação, salsicha, purê, pernil, feijoada, torresmo, caldinho de feijão, pão francês... tudo acompanhado de bastante chopp.

É claro que na minha vida nada acontece sem emoção, dá uma olhada:

- Saindo da China

Estou eu no escritório tentando fazer o check-in online no site da Qatar sem sucesso. Liguei pra compania aérea e recebi a notícia-bomba: a minha passagem tinha sido cancelada! Acontece que minha amiga comprou a passagem pra mim em um site alemão, que me mandou um e-mail pedindo pra confirmar os dados do cartão de crédito - em alemão! Eu achei que era propaganda e nem liguei para o e-mail. Daí foi uma correria de última hora para comprar outra passagem pelo site, já que a Qatar não tem balcão de vendas no aeroporto, e bem na hora do meu jantar com um gatinho que eu tô de olho.

Sem stress, fui jantar e deixei a minha amiga - e meu chefe, já que não rolou mesmo comprar com o cartão dela - cuidando da minha passagem. Saí do jantar com um telefonema dizendo "Está tudo certo, mas vai demorar umas duas horas pra confirmarem o débito no cartão".

Vou pro aeroporto de qualquer forma e, faltando apenas duas horas para o embarque, entrego o passaporte pra moça do check-in. Ela olha pra mim e diz que não estava encontrando o meu nome no vôo. Eu já com o celular na mão pra ligar pro meu chefe de novo quando a moça do check-in fala "Nossa, estranho, seu nome acabou de aparecer no sistema" no exato momento que eu recebo o número da reserva no meu celular. Ufa! Isso foi de última hora meeesmo.

Como recompensa o vôo foi excelente: bom atendimento, boa comida, bom sistema de entretenimento, bom kit de vôo (que foi muito útil já que o tampão de ouvidos me salvou de uma criança chorona, além da venda para os olhos, escova de dentes e até um par de meias). Recomendo a Qatar, especialmente pra quem só pode pagar classe econômica e tem que voar insanas longas horas como eu.

- Chegando na China

Aguardando a minha mala no aeroporto de Xangai - finalmente a viagem estava acabando. Na esteira tem dois chineses com um cão farejador - uma linda cocker marrom e branca. Ela cheira as malas e as que ela gosta mais são separadas para inspeção.

Lá vem as minhas malas. Ainda bem, pois depois de 24 horas voando e 11 horas de fuso horário na cabeça eu estava mais do que pronta pra tomar um banho e cair na cama. Eram duas malas grandes: trouxe algumas Havaianas, umas comprinhas de farmácia - incluindo 3 caixas de Diet-shake já que na China isso não existe, acho que vou abrir um negócio de importar Diet-shake e ficar rica -, livros que prometo que vou ler um dia, meu capacete e protetores para andar de patins, minha calça jeans 40 que vai voltar a servir e mais um milhão de coisas que tiveram que vir comigo já que eu não tenho mais casa no Brasil.

Vou pegar as malas e... peraí... ô cachorra, sai pra lá. "Senhola, você tem que passar pela inspeção" diz um dos chineses. "Você tem flutas ou outlo tipo de comida na mala?" continua. Ai, não. Olho para a fila da inspeção e vejo o sonho de um banho e descanso cada vez mais distante. Pior: eles podem confiscar meus diet-shakes. NÃO! Não posso deixar isso acontecer! Vou em direção à fila e, mais rápida que um calango no sertão, despisto os chineses e vou para a porta de saída. E se me pegarem? Será que eu posso ir presa na China por fugir da inspeção sanitária? Já vejo as pessoas segurando as plaquinhas com nomes do outro lado do portão e começo a escutar a musiquinha da São Silvestre no fundo: tã-nã-nã-nã-nã-nan... Cruzo a linha de chegada e estou sã-e-salva em território chinês - eu e meus diet-shakes.

Sei que o post tá longo mas você pensa que acabou? Saio do taxi puxando as duas malas e segurando a porta do prédio com o quadril. Sétimo andar. Coloco a chave na porta e... nada. Tiro e ponho a chave e... nada. ABRE! Abre-te Sésamo... nada. Fala sério! Minha chave não funciona e eu não consigo abrir a porta. Essa cópia de chave Made-in-China é uma porcaria (sim, eu perdi a minha chave há algum tempo, não joguei no lixo não, perdi mesmo).

O chaveiro fica a três quadras do meu apartamento: TRÊS quadras - eu já estou pooodre da viagem. Deixo as malas em frente à minha porta pros anjinhos olharem, pego uma charrete e vou até o chaveiro. Volto de carona na moto velha dele rezando pra ele não soltar um pum. Ele põe um sprayzinho na fechadura, usa suas ferramentas e voi-lá, a porta abriu. Descrobri o problema: eu tinha deixado outra chave na fechadura pelo lado de dentro. O chaveiro me cobra 50 dinheiros e vai embora. Enfim, sós... eu e o chuveiro!


Se você sobreviveu ao post deve ter uma idéia de como eu cheguei cansada. E ainda tive que trabalhar no dia seguinte - fora que eu acordei às 5 da matina! Bendito fuso!

Camel-smooch

Um beijinho lá de Qatar pra vocês.

Até mais,

Frô.

Dois lugares


* Postado originalmente em 23/06/2010 no morandonacabeca.typepad.com

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Indo.

Pro Brasil, em dois dias. É bom voltar pra casa, rever os amigos. Já tenho vários planos, de ir a bares, ver os jogos, ver o show do Simoninha, ver filha da minha amiga (que ainda nem nasceu, vai nascer em dois dias). Também fazer coisas chatas, como ir no cartório, no perde tempo, no banco, no dentista. Faz parte.

Já fiz uma lista de coisas que quero comer. E o regime que espere, porque comida de mãe tem prioridade.

Mas o gozado é que eu nem saí daqui e já estou com vontade de voltar. Eu estou curtindo muito o meu trabalho e me parte o coração não estar no pavilhão no jogo contra Portugal ou pro show da Roberta Sá, que estou produzindo e nem vou conseguir assistir. Também estou ansiosa para começar as aulas de chinês - ok, podem rir, mas depois das minhas férias eu VOU começar as aulas.

O ideal seria estar nos dois lugares, ao mesmo tempo. Brasil e China. Dois lugares tão distantes, mas tão próximos de mim. Já com saudades do meu apartamento (o daqui e o do Brazil, que nem tá pronto ainda). Com dúvidas - e dívidas - na cabeça.

Mas vou relaxar também, vou curtir. Quero passar pelo menos uns dois dias na praia. Quero terminar de ler o "Comer, rezar, amar" - que está ótimo.

Ai, 10 dias, já to vendo que vai ser curto.

Bom, depois eu volto com mais notícias: dessa vez do Brasil.

Inté,

Frô


Dinheiro Sujo


* Postado originalmente em 18/06/2010 no morandonacabeca.typepad.com

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Essa merece uma narrativa:


13:20h - Acaba mais uma daquelas reuniões bem no meu horário de almoço. Não vai dar tempo de comer. Saio correndo do escritório pra pegar o ônibus pra Expo.

13:26h - O próximo ônibus sai daqui a 15 minutos, tempo de eu passar na padaria e comprar alguma coisa.

13:33h - Pego um lanche e coloco na sacolinha que eles dão - até que é bonitinha. Vou pôr minha carteira aqui também, depois eu guardo. Volto comendo até o ponto.

13:39h - Entro no ônibus e aproveito a meia hora de viagem pra ler o "Comer, rezar, amar" que eu tô adorando.

14:10h - Cheguei no ponto final. Vou jogar fora esse lixo aqui do almoço e encontrar os técnicos de produção no portão para entrar na Expo.

14:15 - 19:00h - Dia cheio. Visita de palco, discussão de budget, reuniões. Passei o dia todo ocupada.

19:20h - Saio da Expo. Quero ir direto para o bar ver o jogo da Alemanha. Um amigo me acompanha até o metrô. Cadê a carteira pra eu pegar meu bilhete? Procuro na bolsa cheia de tranqueira. Carteiraaaa, cadê você? Onde eu coloquei? Ah, na sacolinha da padaria. A sacolinha que eu... JOGUEI NO LIXO! No lixo!!! Não acredito: eu joguei fora a sacolinha - aquela que era até bonitinha - com o "lixo do almoço". Ótimo. Perfeito. Muito esperto, Frô.

19:25h - Meu amigo me empresta uma nota de 100 yuan e vai embora. Penso que talvez não tenha passado muita gente naquele ponto de ônibus. Talvez se eu voltar lá, a sacolinha - a que é até bonitinha - pode estar lá, no mesmo cesto de lixo, me esperando.

20:10h - Depois da fila da segurança da Expo e da van, corro até o cesto de lixo: nada da sacolinha. Olho em dois outros cestos próximos (talvez eles tenham trocado de lugar na minha ausência). Nada. Procuro uma das voluntárias da Expo. Ótimo, ela fala ingês. Vamos juntas falar com a faxineira: eu falando em inglês e a voluntária traduzindo para o chinês. Ninguém nos ajuda.

20:15h - Achados e perdidos. Lá vai a santa voluntária explicar tudo de novo. Nada. Chamam o segurança. De novo a voluntária explicando tudo em chinês. No lixo? Sim, meu amigo, no lixo. Sim, fui EU quem jogou a sacolinha branca no lixo, mesmo ela sendo até que bonitinha. Ele começa a anotar as coisas em um caderno.

20:25h - Estamos nos fundos do terminal de ônibus. Eu, a voluntária, dois seguranças, a moça do achados e perdidos, quatro faxineiras e mais três outros chineses que eu não sei o que faziam ali. Lá atrás tinha vários sacos de lixo. Duas faxineiras começam a esvaziar todos os sacos de lixo e as outras duas iam limpando atrás. Nada.

20:40h - Acabaram todos os sacos de lixo. Nem sinal da sacolinha branca. Muito menos da carteira. A conclusão foi que como a sacolinha era até que bonitinha, algum desses catadores de latinha achou a sacola enquanto estava revirava o lixo. E eu aqui com cara de boba e sem carteira.

20:42h - Xie xie, obrigada todo mundo, valeu. Desculpa aí fazer vocês perderem tempo e revirarem o lixo à toa. Um obrigada especial pra santa voluntária.

A história acaba aqui. Não achei a carteira no lixo, nem o dinheiro sujo (desculpem o trocadilho). Ainda bem que eu não joguei fora a chave de casa ou a credencial da Expo. Agora é arranjar outro cartão do banco e, quando chegar no Brasil, enfrentar a fila do 'Perde-tempo' pra tirar outro documento.

Você, leitor solidário, já fez algo estúpido assim? Conta aí e contribua para que eu me sinta melhor.

Até a próxima presepada na China.

Frô.

P.S.: O jogo da Alemanha foi 1x0, só que para a Sérvia! E eu perdi a chance de consolar os pobres alemães carentes no bar!!!

Assisti o jogo amanhã

* Postado originalmente em 16/06/2010 no morandonacabeca.typepad.com

Acabei de assistir o jogo amanhã. No amanhã daí, porque aqui já é amanhã. Hoje, que é hoje aí, pra mim daqui o hoje daí já é ontem aqui.

Contextualizando: hoje, dia 16/6, agora, 5:30 da manhã. Acabei de assistir o jogo Brasil X Coréia do Norte aqui na China. O jogo aconteceu no dia 15/6 às 20:30 horas em Johannesburgo e passou no Brasil no dia 15/6 as 3:30 da tarde. E eu e a galera aqui de olho puxado vimos a transmissão ao vivo um dia na frente, no dia 16.

Estranho isso. Coisa maluca. É uma zona. Tenho que ficar sempre pensando 10 vezes antes de me tocar que dia é aí e que horas são.

Essa semana (dia 15) acordei de manhã e entrei no Orkut (que o pessoal da censura aqui da China não descubra, senão o Orkut vai pro saco igual ao Facebook). Lá estava um recado que o aniversário da minha amiga seria no dia seguinte. Pensei com os meus botões "Não posso esquecer da data, amanhã tenho que dar os parabéns pra ela". Fechei o Orkut e me envolvi nos assuntos do dia-a-dia do meu trabalho. De noite chego em casa e checo os e-mails, aproveito a falta do que fazer e entro no Orkut de novo. Lá estava o recado do aniversário da minha amiga, mas o aniversário era HOJE. Liguei logo, cedo, e dei parabéns (cedo daí, tarde daqui). Explicando: o aniversário dela era mesmo no dia 15 de Junho, mas quando entrei no Orkut de manhã do dia 15 daqui ainda era dia 14 no Brasil. Eu aqui com tanto cuidado e quase que deixo passar a data do aniversário da minha amiga.

Enfim, voltando ao jogo: que papagaiada! Mesmo assim, torci muito. Não ligo pra futebol, nem torço pra time nenhum no Brasil, mas Copa é Copa. Nem digo "Seleção é Seleção" porque não é bem isso. Meu negócio é assistir a Copa do Mundo - no bar, com cerveja, como deve ser feito.
Aqui na China a brasileirada se amontoou no Latina, uma churrascaria brasileira. Mesmo com a Seleção dormindo no primeiro tempo, rolou jogo regado com capirinha. E eu lá no meio dos "uuuhhh-quase-corre-vaaaaai-chuuuta", me sentindo em casa. Esse negócio de torcer pra Seleção é algo que a gente traz dentro do peito desde quando somos crianças. Vai entender a nossa paixão em época de Copa mesmo entre os brasileiros que como eu que não ligam pra futebol.

Foi um joguinho de pernas de pau mas tá valendo: 2X1. Valeu a estréia, valeu a galera, valeu o clima brasileiro, valeu o samba no intervalo, valeeeeeeu Seleção!

Agora é esperar o pró
ximo jogo e torcer.

E eu fico por aqui, pra viver e contar. Mas estou ansiosa para as oitavas, que vou ver lá do Brasil mesmo, no Jacaré na Vila... vamo que vamo.

Beijos,

Frô.

Com que roupa eu vou?


* Postado originalmente em 14/06/2010 no morandonacabeca.typepad.com


Se os chineses se perguntassem isso de manhã não veríamos tanta barbaridade. Andando pelas ruas você percebe claramente que os chineses (principalmente as chinesas) tem um gosto muito peculiar para moda. Sei que Xangai é uma cidade internacional e cosmopolita e, como acontece em outras grandes cidades do mundo, as pessoas se expressam através de suas roupas e muitas vezes de forma diferente e chocante.

O que choca não é ver vez ou outra uma pessoa vestindo algo estranho mas sim a quantidade de chinesas que se vestem como se realmente fossem de outro planeta.

Como este assunto é difícil de se expressar em palavras, montei aqui um exemplo:

Montagem copy

1- Chapéu: as chinesas morrem de medo do sol. Pra elas pele bronzeada é sinal de pobreza, como a pele das camponesas que têm que trabalhar na lavoura. Além do chapéu, é comum vê-las com sombrinhas ou manga comprida em pleno verão de sol-a-pino. Também é comum ver cosméticos para clarear a pele.

2 - Cílios postiços e lentes de contato: pra tudo, até pra ir na academia ou pra feira.

3 - Máscaras: mais comum no inverno. Na primeira vez que vi achei que aqui fosse uma terra governada pelas bactérias e que só de por a cara na rua já se pegava uma gripe. Não é assim não, mas vai ver que os chineses tem alguma neura de vírus. O legal são essas máscaras com desenhinhos - super criativas.

4 - Unhas postiças: coisa mais brega. Elas usam essas unhas compridas e super coloridas. Colocam strass e outros penduricalhos. Como os celulares também são cheios de strass e bichinhos, as vezes até dói a vista ficar olhando.

5 - Roupas de frufru: elas têm mania de querer parecer menininhas. Usam roupas cheias de laços, rendas, brilho - parece que estou dentro de um desenho do shrek com ogros e princesas no mesmo conto de fadas.

6 - Micro-saias: sim, são assim curtas mesmo. No shopping, no metrô e até no escritório. Mas é normal, não se vê chinês fazendo "fiu-fiu" ou "barulho de chupar cana" por aí. Muitas vezes as micro-saias vêm acompanhadas das meia-calças mais loucas do mundo. Tem estudante universitária no Brasil que ia estar na moda por aqui.

7- Calça de bebê com abertura: essa merecia um post inteiro. Quer atitude mais ecológica? Fraldas descartáveis não estão com nada por aqui. Se você ainda está se perguntando "Como assim?", a resposta é simples: é assim mesmo. As crianças são criadas livres para fazer as necessidades na rua, ou onde a mãe natureza mandar.

8 - Meias: ai, que desespero. Fora o fato das meias e sapatos serem péssimos, as chinesas conseguem juntar o pior sapato com a pior meia e usar de forma totalmente sem noção. Meia fina curta com short ou saia é normal. Usar com sandália também é moda.

Fala sério, a Stacy e o Clinton do Esquadrão da Moda iriam ter matéria até se aposentar por aqui. E tem muito mais que nem caberia no post - como as calças santropeito, as armações de óculos sem lentes, as bijuterias bregas, as camisetas com mensagens em "chinglish", os cabelos super diferentes (talvez um dia eu escreva sobre isso)... assunto é o que não falta.

Bom, vou ficar por aqui na China observando tudo e reportando.

Até a próxima.

Frô.

P.S.: apesar da foto ser uma montagem, é fácil ver pessoas exatamente assim nas ruas, mas como eu não sou a tiradora-de-fotos-mais-rápida-do-oeste eu nunca consigo tirar fotos boas pra mostrar pra vocês - tem que vir aqui e ver pra crer.