segunda-feira, 4 de abril de 2011

Conversas abertas, sociedade fechada




Sei que ando meio sumida, mas como vocês sabem estou assistindo novamente o seriado 'Sex and the City' e isso tem me tomado muuuito tempo - claro que trabalhar até tarde todo dia, ir pra academia, fazer aula de chinês e ter um namorado (e tudo o que acompanha - unha, cabelo, depilação, etc) também não ajuda muito. E a minha performance televisiva nem é assim tão boa. Faz um mês que estou assistindo o box e ainda estou na metade, acabei de terminar a terceira temporada.

Essa introdução mulherzinha é porque um dos temas do seriado é sobre o que podemos falar abertamente, como e com quem podemos ter essas conversas. Tudo bem que a Carrie pisou na bola com a história de chifrar o pobre do Aidan com o Big, mas um dos maiores medos dela é que a Charlotte descobrisse. Peraí, a Charlotte não é uma das suas melhores amigas?

E não é que me peguei justo na mesma situação? Não, não estou chifrando o Bello, muito menos com o Big. Mas tem coisas que acontecem na minha vida que eu gostaria de dividir com as minhas amilgas, mas eu acabo escolhendo a que é mais 'adequada' para cada tipo de assunto. Talvez seja só porque no fundo eu não quero uma opinião sincera de uma amiga. No fundo eu quero um ombro e uma passada de mão na cabeça - mas amigas não são só pra isso.

Enfim, se existe esse drama todo entre amigas, imagine entre colegas. Aqui na China eu não tenho muitos amigos, não amigos próximos de verdade, principalmente depois que a minha amiga alemã foi embora. Então volta e meia me abro com os meus colegas. Não só coisas íntimas e super-secretas, não, às vezes só quero poder falar bobagem sem ter que me preocupar com o que eles vão pensar de mim.

Moral da história: ainda não sei, estou pensando. Enquanto isso fico nesse me-abro-me-fecho constante. Como se eu precisasse de mais um efeito-sanfona na minha vida...

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